Fleury (FLRY3) sofre segundo ataque cibernético em menos de dois anos: qual o impacto para as ações?

JPMorgan aponta que, no geral, apesar de investimentos para fortalecer segurança, esse incidente deve levantar questões sobre controle e segurança de dados

Equipe InfoMoney

Fleury (divulgação)

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O Fleury (FLRY3) informou na manhã desta segunda-feira (8) a ocorrência de um ataque cibernético em seu ambiente de tecnologia da informação na noite de domingo (7). Com isso, as ações FLRY3 chegaram a cair 2,34% nesta segunda, a R$ 15,44, no início do pregão, mas amenizaram e às 11h15 (horário de Brasília) tinham baixa de 0,51%, a R$ 15,73.

A empresa afirma que desde o momento inicial das indisponibilidades, a companhia acionou seus protocolos de segurança e controle com o objetivo de minimizar os eventuais impactos em suas operações, contando com o apoio de empresas especializadas e de referência nessa área de atuação. Ela está gradualmente normalizando suas operações de forma controlada. No fim de semana, clientes do Fleury apontaram problemas que afetaram o acesso a resultados de exames, além de agendamentos.

A companhia diz que mantém atualizações frequentes e adota tecnologias disponíveis para preservar um adequado nível de proteção ao seu ambiente tecnológico, tendo inclusive investido substancialmente nos últimos três anos em sua estrutura de tecnologia, de forma a prevenir e proteger a segurança da informação, o que foi essencial para minimizar os efeitos de tal ataque em suas operações.

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“Além disso, a companhia continua a investigação e avaliação das circunstâncias do ataque e apuração da extensão do incidente, enquanto trabalha diligentemente para tomar todas as medidas necessárias para limitar os danos causados e restabelecer o pleno funcionamento do ambiente de tecnologia”, afirma.

Esta é a segunda vez que o Fleury enfrenta um ataque cibernético que é relatado ao mercado. O último ocorreu há menos de 2 anos, em junho de 2021, e levou à instabilidade dos sistemas por mais de uma semana, enquanto seus custos de correção relacionados a consultoria e serviços especializados totalizaram cerca de R$ 25 milhões, somados a impactos negativos nos negócios relacionados ao agendamento de exames.

O JPMorgan aponta que, no geral, apesar dos investimentos recentes para fortalecer sua segurança cibernética, esse incidente provavelmente levantará questões entre os investidores sobre controles e segurança de dados, principalmente porque lida com informações confidenciais.

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“Além disso, dadas as manchetes da imprensa sinalizando os problemas, tememos que o forte patrimônio da marca e o status de alta qualidade da empresa possam ser prejudicados, uma vez que é o segundo incidente em um período de tempo relativamente curto. Aguardamos mais detalhes sobre o problema para entender os custos potenciais e o impacto comercial disso”, afirmam os analistas da casa, que possuem recomendação neutra para a ação do Fleury.

Na mesma linha, o Itaú BBA aponta que não tem detalhes para avaliar com precisão o impacto do incidente nos resultados da empresa, mas também cita que a empresa de saúde também sofreu um ataque cibernético em junho de 2021.

“Embora não possamos comparamos claramente os dois eventos, entendemos que o incidente em 2021 causou despesas que totalizaram cerca de 3% da receita líquida no 2T21”, avalia. O BBA tem recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para os ativos, com preço-alvo de R$ 19.

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Já para o Citi, enquanto ainda é difícil ver as potenciais implicações da notícia, ela naturalmente representa uma “distração” indesejada de tempo e recursos em meio ao início do processo de integração com a Pardini.

(com Estadão Conteúdo)

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