Embraer (EMBR3): primeiro dia de evento na Inglaterra rende frutos e ação fecha em alta de 7,70%

A fabricante de aeronaves anunciou novos pedidos de clientes estrangeiros para suas aeronaves das famílias 195-E2 e 175.

Equipe InfoMoney

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O primeiro dia do Farnborough Airshow, evento do setor aeronáutico na Inglaterra que vai até sexta, já rendeu frutos importantes para a Embraer (EMBR3), que viu suas ações registrarem uma das maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira (19). Os ativos EMBR3 fecharam com salto de 7,70%, a R$ 12,17.

A fabricante de aeronaves anunciou novos pedidos de clientes estrangeiros para suas aeronaves das famílias 195-E2 e 175.

A Porter Airlines, cliente recorrente da companhia, fez um pedido firme para mais 20 jatos comerciais do modelo E195-E2, somado aos 30 pedidos firmes existentes, com um valor de US$ 1,56 bilhão (US$ 78 milhões por aeronave), o que mostra um ágio de 7% frente ao primeiro pedido feito em 2021, com base no preço de tabela.

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Já a Alaska Air Group anunciou planos para aumentar a frota regional com um pedido de mais 8 jatos E175 e opções para a compra de mais 13, com um valor total de US$ 1,12 bilhão (US$ 53 milhões por aeronave) com base no preço de tabela. Os novos acordos ampliam em cerca de 9% o backlog de aeronaves comerciais do 1T22 (+11% em valor monetário).

A Eleven aponta que esses pedidos acontecem em um momento importante para a Embraer, que passa por uma reorganização após a desistência da Boeing e revisão do contrato com a FAB, e corroboram com o plano de crescimento mais expressivo a partir de 2023. “Continuamos compradores para a tese”, afirma a casa de análise, que possui preço-alvo de R$ 22 para os ativos negociados na Bolsa brasileira (ou potencial de alta de 95% em relação ao fechamento de segunda).

O Itaú BBA destaca que, combinados, esses dois pedidos representam uma adição total da carteira de pedidos de US$ 2,7 bilhões, considerando os preços de tabela. Quanto ao cronograma de entrega, Alaska deverá receber seus jatos
entre o segundo trimestre de 2023 e 2027, enquanto as entregas para a Porter ocorrerão a partir da segunda metade do ano.

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A empresa também anunciou a assinatura de dois Memorandos de Entendimento (MoUs) com a britânica BAE Systems para a formação de um novo negócio voltado ao desenvolvimento de variações do “carro voador” (eVTOL, na sigla em inglês) especializado no setor de defesa, área em que a Embraer também tem tradição,  e para uma parceria para promover a aeronave C-390 no mercado saudita.

Uma Carta de Intenção entre Eve e BAE Systems também foi assinada, referente a um possível pedido de entrega de 150 eVTOLs, que vem no topo da carteira de pedidos da Eve de 1.910 pedidos de eVTOL.

O Bradesco BBI também aponta que as notícias são positivas para a Embraer, uma vez que a empresa está gradualmente reconstruindo sua carteira de pedidos, ao mesmo tempo em que mantém sua participação de mercado histórica nos eventos aéreos de Le Bourget e Farnborough.

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“Também vemos os novos pedidos da Porter Airlines como de valor estratégico para a Embraer, pois poderiam abrir caminho para a empresa introduzir sua família de aeronaves E2 no mercado norte-americano”, avalia o BBI, que possui recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os ADRs (American Depositary Receipts, ou os papéis negociados no mercado americano), com preço-alvo de US$ 26, ou potencial de alta de 215% frente o fechamento de segunda-feira.

O BBA tem a mesma recomendação para os ADRs da companhia, com preço-alvo de US$ 21, ou upside de 154,2%.

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