Ecorodovias tem acordo de leniência cancelado; analistas do BBI veem notícia como positiva, com reversão de provisões

Analistas do banco também comentaram sobre indicação de novo CEO, que não deve mudar estratégia da empresa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Ecorodovias (ECOR3) fez dois anúncios na noite da última quinta-feira (23).

A companhia comunicou que o Conselho Superior do Ministério Público cancelou o acordo de leniência da Ecovias Imigrantes com o Governo do Estado de São Paulo, juntamente com as investigações cíveis pendentes envolvendo a empresa, sem sanções a serem aplicadas.

Esta decisão foi apoiada por: 1) falta de prova de irregularidades e o prazo de prescrição expirou; 2) o acordo de leniência acarretaria prorrogação ilegal do prazo do contrato de concessão; e 3) o acordo tornou-se desatualizado após o aditivo
contratual que resolveu os reequilíbrios econômicos entre a empresa e o estado de São Paulo. Esta decisão não impacta o reequilíbrio econômico da Ecovias dos Imigrantes.

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A Ecorodovias também anunciou que Gianfranco Catrini foi indicado pelo Conselho de Administração como seu novo presidente. Catrini é bacharel em Administração de Empresas pela Carlo Cattaneo University – LIUC na Itália e possui MBA pela Said Business School da Oxford University. Ele também frequentou o Advanced Management Program (AMP) na Harvard Business School. Antes de ingressar na Ecorodovias, o indicado a CEO acumulou experiência significativa no setor de infraestrutura na Impregilo International, WeBuild e Lane Industries.

Sobre o primeiro anúncio, o Bradesco BBI destacou a notícia como positiva para a Ecorodovias, para a qual eles possuem recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 18, ou potencial de valorização de R$ 18 em relação ao fechamento de quinta-feira. O cancelamento do acordo de leniência deve permitir a reversão de R$ 46 milhões de provisões contábeis referentes ao acordo de leniência de R$ 638 milhões. A empresa não teve desembolso de caixa com o acordo.

Em relação ao setor externo, os analistas apontaram não esperarem nenhuma mudança na estratégia da empresa com a chegada do novo CEO, uma vez que a empresa deve manter sua disciplina financeira e licitar novas concessões de rodovias.

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