“Decisões duras” para Petrobras, 10 resultados, 3 recomendações e mais 12 notícias no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo da volta do feriado é movimentado, com o mercado repercutindo os últimos balanços da temporada de resultados, além de recomendações e o desempenho das commodities, além da fala do presidente da Petrobras Pedro Parente. Confira os destaques da volta do feriado: 

Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras permanecerá fiel à meta de desinvestir 15,1 bilhões de dólares até 2016, disse o presidente da estatal, Pedro Parente na terça-feira, acrescentando que os investimentos globais em exploração e produção de petróleo (E&P) devem cair no próximo ano.

Ele ainda afirmou a repórteres durante evento em Nova York na terça-feira patrocinado pelo Bradesco que a venda de ativos se tornou uma tendência entre os participantes da indústria global de petróleo, cuja meta de desinvestimentos no ano é de 35 bilhões de dólares.

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De acordo com Parente, o alto nível de alavancagem continua sendo um grande problema para Petrobras. A estatal vem se esforçando para vender ativos e firmar parcerias, a fim de reduzir o endividamento que atinge cerca de 130 bilhões de dólares – o maior entre os participantes do setor no mundo.

O presidente da Petrobras revelou também que a empresa tomará decisões mais duras em algumas áreas de negócios se os preços internacionais do petróleo caírem abaixo de 30 dólares o barril. Segundo Parente, investimentos em bens de capital e custos devem ser avaliados se as cotações da commodity recuarem abruptamente. Sobre as ações coletivas contra estatal em trâmite nos Estados Unidos, Parente disse acreditar que a lei está do lado da empresa.

A companhia ainda disse em comunicado desconhecer a existência de uma estimativa preliminar no valor mencionado em matéria, de pelo menos R$ 7 bilhões, referente a possíveis desvios do grupo Odebrecht, a partir de auditorias internas e/ou comissões internas de apuração da Petrobras, disse ela em comunicado de esclarecimento ao mercado. Os fatos julgados relevantes sobre o tema serão tempestivamente divulgados ao mercado, diz a Petrobras.

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Por fim, a BR Distribuidora pode vender fábricas de asfalto e imóveis para reduzir o endividamento, segundo afirmou o presidente da companhia Ivan de Sá para o jornal O Globo.

BR Malls (BRML3)
A administradora de shopping centers BR Malls passou de prejuízo para lucro no terceiro trimestre, uma vez que conseguiu compensar a queda nas receitas com uma forte redução de custos e de despesas financeiras. A companhia anunciou na segunda-feira que teve lucro líquido de R$ 35,5 milhões no período, ante prejuízo de R$ 219,4 milhões em igual etapa de 2015.

Operacionalmente, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) somou R$ 241,2 milhões, queda de 13,5% sobre um ano antes. Isso foi resultado sobretudo da queda nas vendas dos 45 shopping centers nos quais a BR Malls tem participação. De julho a setembro, a receita líquida do grupo caiu 7,4% ante igual etapa do ano passado.

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Mas a empresa conseguiu reduzir em 23,8% suas despesas gerais e administrativas, para R$ 28,2 milhões. Ao mesmo tempo, a despesa financeira líquida despencou 70%, a R$ 124,3 milhões, refletindo, a redução de cerca de 8 por cento da dívida líquida, a R$ 4,5 bilhões, menor patamar em 2 anos.

As evidências da recessão do país também apareceram em outros indicadores da BR Malls. A taxa de ocupação por exemplo fechou o trimestre em 95,5%, queda de 1,2 ponto percentual ano a ano. A inadimplência subiu 1,1 ponto, a 3,7%. A política de concessão de descontos parece ter surtido efeito. No período, a BR Malls assinou 245 contratos, maior nível para um terceiro trimestre desde 2012.

“A receita líquida segue impactada por maior concessão de descontos, pontuais e temporários, que visam o restabelecimento da saúde financeira dos lojistas e a redução de inadimplência”, afirmou a companhia em seu relatório de resultados. “O cenário tem se provado mais desafiador do que esperávamos”. A BR Malls, porém, afirmou no balanço que espera um início de um novo ciclo de crescimento da economia do país em 2017.

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 “Avaliamos que os resultados do terceiro trimestre foram em linha com nossas expectativas e neutros; acreditamos que a companhia está no caminho correto, focando em reduzir custos e na racionalização de suas operações”, informa o Bradesco BBI. 

Ouro Fino (OFSA3)
A companhia veterinária Ouro Fino teve lucro líquido de R$ 5,8 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 69,3% na comparação com os R$ 18,936 milhões reportados no mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, a receita líquida da companhia recuou 16,1%, atingindo R$ 125,5 milhões.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, imposto, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 14,2 milhões entre julho e setembro, uma queda de 61,1% ante os R$ 36,8 milhões do terceiro trimestre do ano passado. Com isso, a margem Ebitda da companhia veterinária diminuiu 13,3 pontos percentuais, de 24,6% para 11,3%.

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Os resultados foram fracos, segundo o Bradesco BBI: “condições macroeconômicas adversas continuaram afetando os resultados” e a companhia está implementando “iniciativas para se recuperar em 2017”.

Saraiva (SLED4)
A Saraiva registrou prejuízo líquido de R$ 13 milhões entre julho e setembro, uma melhora em relação aos R$ 38,4 milhões negativos registrados no mesmo período do ano anterior. A receita líquida, por sua vez, caiu 2,6% no intervalo, para R$ 374,7 milhões. Já as despesas operacionais ficaram em R$ 129 milhões no terceiro trimestre, uma redução de 1,4% em um ano.

JBS (JBSS3)
A companhia de alimentos JBS teve lucro líquido de R$ 887,1 milhões no terceiro trimestre, queda de 74,2% ante o ganho obtido no mesmo período do ano passado, em meio a um cenário desafiador especialmente no Brasil, com valorização do real e aumento expressivo dos grãos, e aumento das despesas financeiras. A empresa, maior processadora mundial de carne bovina, teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 3,145 bilhões, declínio de 18% em relação ao mesmo período de 2015. A média de estimativas compiladas pela Thomson Reuters apontava lucro líquido de R$ 562,6 milhões e Ebitda de R$ 3,4 bilhões.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,379 bilhão, ante resultado positivo de R$ 2,653 bilhões no mesmo trimestre do ano passado. A dívida líquida da JBS encerrou o terceiro trimestre em R$ 48,9 bilhões, com alavancagem de 4,32 vezes.

“Estamos altamente otimistas sobre a melhora operacional em 2017 e esperamos que o Ebitda consolidado cresça cerca de 36% na comparação anual em 2017”, diz o Bradesco BBI.

PDG Realty (PDGR3)
Próxima de um pedido de recuperação judicial, a PDG Realty anotou um prejuízo líquido de R$ R$ 1,717 bilhão no terceiro trimestre deste ano, mais de quatro vezes superior às perdas anotadas no mesmo intervalo do ano passado, quando o prejuízo foi de R$ 403 milhões. De janeiro a setembro o prejuízo líquido cresceu 260,8% na relação anual para R$ 2,868 bilhões.

A receita operacional líquida da companhia foi negativa em R$ 84 milhões no intervalo de julho a setembro deste ano, ante uma receita positiva de R$ 551 milhões no mesmo intervalo do ano passado. O Ebitda no período analisado ficou negativo em R$ 1,506 bilhão, ante um número também negativo de R$ 164,352 milhões no mesmo período do ano passado. Na prática isso significa que a PDG vem queimando caixa.

No documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro a PDG informa que não há decisão quanto às providências a serem tomadas caso não seja possível regularizar seus financiamentos no curto prazo. “A administração continua atuando em outras frentes, em conjunto com seus assessores, para reforçar a liquidez e a estrutura de capital da Companhia, dentre as quais se inclui o esforço de aceleração na venda de ativos”, afirma a companhia no documento citado.

A companhia lembra que no âmbito do processo de sua reestruturação da dívida contratou neste mês a RK Partners, mantendo, assim, seus objetivos de reforçar o fluxo de caixa e otimizar a estrutura de capital da Companhia, de modo a preservar a capacidade de cumprimento das obrigações assumidas perante credores e clientes.

Brasil Brokers (BBRK3)
A companhia do setor imobiliário apresentou receita líquida de R$ 31,669 milhões entre julho e setembro, o que corresponde a uma queda de 22,77% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda ficou negativo em R$ 1,829 milhão, o que representa uma melhora em comparação com os R$ 9,045 negativos registrados no terceiro trimestre de 2015. No entanto, a Brasil Brokers teve um prejuízo líquido de R$ 12,389 nos últimos três meses, número 18,82% acima no comparativo anual.
PetroRio (PRIO3)
A companhia exploradora de petróleo encerrou o terceiro trimestre com uma receita líquida de 139,242 milhões, número que equivale a uma alta de 8,83% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Aumento também foi visto no resultado antes de Imposto de Renda e Contribuição Social: aumento de 496,22% em comparação com o terceiro trimestre de 2015, ao terminar este período marcando R$ 93,89 milhões. A companhia encerrou o período entre julho e setembro com R$ 71,47 milhões de lucro — 496% de alta no mesmo comparativo.

JHSF (JHSF)
A JHSF reverteu lucro visto no terceiro trimestre do ano passado e apresentou um prejuízo líquido de R$ 55,7 milhões no intervalo de julho a setembro deste ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi a R$ 43,2 milhões no terceiro trimestre do ano, queda de 13% ainda na relação anual. Sem ser no critério ajustado, o Ebitda caiu 46% no terceiro trimestre deste ano ante o visto um ano antes para R$ 38,9 milhões. A receita líquida no período analisado foi a R$ 99,6 milhões, queda de 36% ante o intervalo de julho a setembro de 2015.

Direcional (DIRR3)
A Direcional registrou um lucro líquido 96,1% menor no terceiro trimestre, totalizando R$ 1,116 milhão, ante estimativa de R$ 18,3 milhões. Já o Ebitda ajustado somou R$ 19,5 milhões, queda de 68,5% ante os R$ 61,83 milhões do mesmo período do ano passado. Já a receita líquida caiu 19,8%, para R$ 314,59 milhões. 

De acordo com o BTG Pactual, os números foram abaixo do esperado, com a receita impactada pelos altos distratos e menores volumes de serviço em construção civil. 

Banco Pine (PINE4)
Após uma notícia da Agência Estado na última sexta-feira, o Banco Pine informou que estuda realizar uma Oferta Pública de Aquisição para cancelar seu registro como companhia aberta. Por outro lado, a empresa afirmou que “até o momento não há qualquer definição sobre o assunto”.

“As estratégias para condução do negócio da Companhia estão sendo avaliadas pela sua administração, e não serão divulgadas neste momento a fim de preservar as opções existentes para a Companhia e a possibilidade de alcançar a melhor alternativa. Importa frisar que, até a presente data, não há qualquer definição sobre o fechamento de capital da Companhia”, disse o banco em comunicado.

Ainda no noticiário do Pine, também foi divulgado seu balanço do terceiro trimestre na segunda, em que a companhia teve prejuízo de R$ 7 milhões, revertendo o lucro de R$ 5 milhões de um ano antes, mas mantendo o mesmo valor do trimestre anterior. Enquanto isso, a Receita de Prestação de Serviços atingiram R$ 19 milhões, uma queda ante dos R$ 26 milhões do mesmo período de 2015.

Oi (OIBR4)
Novas notícias sobre a Oi agitam o noticiário da companhia nesta quarta-feira. Segundo a Bloomberg, um grupo de  credores que negocia com a Oi se fragmentou, dificultando a reestruturação da dívida de US$ 19 bilhões do grupo brasileiro. As saídas incluem o fundo de hedge Citadel, que se juntou a um grupo que já inclui o Aurelius Capital Management, disseram as pessoas. O Aurelius vinha tentando formar um grupo separado e manteve conversas com assessores de reestruturação, incluindo Brasil Plural. O novo grupo é representado por Allan Brilliant, de Dechert, nos EUA, Marcelo Carpenter, de Sergio Bermudes, no Brasil, e Frederic Verhoeven de Houthoff Buruma, na Holanda, segundo comunicado do grupo em 11 de novembro. Os representantes de Oi, Aurelius, Citadel e Brasil Plural não quiseram comentar, enquanto os representantes da Dechert e Moelis não responderam imediatamente aos pedidos de comentários o assunto.

O jornal Folha de S. Paulo, por sua vez, informa que a Justiça e o Tribunal de Contas da União (TCU) vão se unir para tentar evitar uma intervenção do governo federal na operadora de telefonia Oi. Seus credores chegaram a um impasse que pode levá-la à falência. O  ministro do TCU Bruno Dantas concordou em fazer uma mediação conjunta entre a empresa e os credores públicos. A reunião está prevista para a próxima semana.

BM&FBovespa (BVMF3)
A BM&FBovespa informou ter iniciado tratativas com instituições financeiras para a contratação do empréstimo no valor de até US$ 125 milhões em um ano, já autorizado pelo conselho, disse a empresa em comunicado ao mercado.

Caso seja contratado, os recursos obtidos com o empréstimo, juntamente com os recursos obtidos na emissão de debêntures, poderão ser usados para reforçar o caixa da companhia, para necessidades no curso dos negócios, ou para complementar os recursos necessários no contexto da combinação de operações com a Cetip, disse a BM&FBovespa.

Ainda no noticiário da empresa, os papéis BVMF3 tiveram a recomendação elevada de hold para compra pelo Santander, com novo preço-alvo de R$ 20,00 para 2017. Os analistas esperam um resultado positivo da fusão com a Cetip. Considerando a considerável correção recente dos ativos, os analistas avaliam que o papel está em um ponto atrativo de entrada. 

Multiplan (MULT3)
A Multiplan teve a recomendação elevada de hold para compra pelo Santander com novo preço-alvo de R$ 73 para 2017, destacando as aquisições positivas e a recente queda dos papéis.  

CCX (CCXC3)
Os membros do conselho da CCX orientaram a companhia na segunda-feira a adotar providências para encerrar suas sociedades localizadas na Áustria, como forma de reduzir custos de manutenção. Além disso, eles pediram para que a empresa faça o possível para reduzir os custos e despesas relativos às subsidiárias na Colômbia e trabalhar pela manutenção da CCX Colombia no compromisso de cooperação com a YCCX.

GP Investments (GPIV33)
A GP Investments informou que ela e a World Kitchen decidiram cancelar o acordo definitivo por meio do qual a GP iria adquirir a World Kitchen. A companhia informou que “continuará em busca de oportunidades de investimento atrativas nos Estados Unidos ou Europa, com foco em companhias com potencial de crescimento de longo-prazo nos setores de bens de consumo, serviços e varejo”

Embraer (EMBR3)
Embraer anunciou ter assinado contrato com a United Airlines para a venda de 24 jatos E175. “Esta encomenda representa uma transferência de 24 jatos E175 previamente alocados para a Republic Airways Holdings (Republic), atualmente na carteira de pedidos da Embraer, que agora serão cancelados”, diz a empresa em nota.

Os aviões devem ser entregues à United Airlines em 2017. O contrato tem um valor total de US$ 1,08 bilhão, a preço de lista. “Este movimento estará refletido nos resultados da Embraer do quarto trimestre de 2016 e não terá impacto incremental na atual carteira de pedidos da empresa”, acrescenta a Embraer.

Vale (VALE3VALE5)
BHP Billiton está pressionando para reestruturar a dívida na Samarco, enquanto sua sócia Vale prefere um período de carência de pagamento até que consiga garantir as licenças para retomar a mineração, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg.  

Apesar de as donas dizerem que não pretendem cobrir mais de US$ 3 bilhões em dívida da Samarco, elas estão em desacordo sobre a forma como a mineradora deve abordar os bancos e os detentores de bônus depois de um ano de impasse na produção, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque as negociações são privadas. A preferência de BHP na reestruturação agora significaria uma perda aos credores, disseram as fontes. 

A Samarco Mineração, desde o rompimento da barragem em Minas Gerais há um ano, já deixou de fazer dois pagamentos de cupom de títulos. A BHP e Vale disseram que, apesar de ajudar a financiar os trabalhos de limpeza de fundo e reparações, não vão cobrir os pagamentos da dívida da Samarco. Ambas querem que a Samarco volte a operar novamente para que a companhia possa financiar a limpeza e voltar a cumprir seus compromissos financeiros sem a ajuda das duas sócias.  Procurada pela Bloomberg, a Samarco se recusou a comentar. A Vale não comentou imediatamente e a BHP se recusou a comentar sobre discussões específicas entre as sócias ou sobre diferenças na abordagem. 

A Vale teve ainda o preço-alvo elevado de US$ 7 para US$ 10 por ADR pelo Itaú BBA e mantendo recomendação de compra, em meio às perspectivas de alta do preço do minério de ferro e disciplina de capital. 

Oi (OIBR4)
Um grupo de credores que negocia com a Oi se fragmentou, dificultando a reestruturação da dívida de US$ 19 bilhões do grupo brasileiro. As saídas incluem o fundo de hedge Citadel, que se juntou a um grupo que já inclui o Aurelius Capital Management, disseram pessoas, que pediram para não ser identificadas porque o assunto é privado, à Bloomberg. 

Aurelius vinha tentando formar um grupo separado e manteve conversas com assessores de reestruturação, incluindo Brasil Plural, disseram as pessoas. O novo grupo é representado por Allan Brilliant, de Dechert, nos EUA, Marcelo Carpenter, de Sergio Bermudes, no Brasil, e Frederic Verhoeven de Houthoff Buruma, na Holanda, segundo comunicado do grupo em 11 de novembro.

Procurados pela Bloomberg, representantes de Oi, Aurelius, Citadel e Brasil Plural não quiseram comentar. Representantes da Dechert e Moelis não responderam imediatamente aos pedidos de comentários o assunto. 

Rumo (RUMO3)
A Rumo Logística estuda vender uma participação no maior terminal do País no porto de Santos (STBP3), disseram três pessoas envolvidas com a operação à Bloomberg. A empresa teve conversas com Raízen e Czarnikow, que deixaram as discussões posteriormente, disseram duas das pessoas, que pediram anonimato porque as negociações são privadas. Até agora, a Rumo não recebeu uma proposta para a participação que atenda suas expectativas de preço.

A Rumo manteve também conversas preliminares com a chinesa Cofco e com o banco de investimento australiano Macquarie, disseram as fontes. O status das conversas com Cofco e Macquarie não está claro. 

A venda de participação ajudaria Rumo a financiar plano de investimentos de R$ 7 bilhões, com o qual acionistas estão contando para alimentar crescimento, e enfrentar o crescimento da dívida. Procurado pela Bloomberg, um porta-voz da Rumo negou que a venda da participação ou que conversas tenham ocorrido. Cofco, Raizen e Macquarie não quiseram comentar. Czarnikow não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da agência de notícias. 

Gerdau (GGBR4)
Uma explosão ocorrida na segunda-feira, 14, na usina da Gerdau em Ouro Branco, Minas Gerais, deixou três mortos e um ferido. Segundo a siderúrgica gaúcha, os operários eram prestadores de serviço da empresa Convaço e faziam trabalho de manutenção. De acordo com a companhia, o operário que ficou ferido foi encaminhado ao Hospital Fundação Ouro Branco (FOB), mas recebeu alta na manhã desta terça-feira. “A Gerdau e a Convaço estão prestando toda a assistência às famílias das vítimas e trabalhando para apurar as causas do acidente”, afirma a Gerdau em nota enviada à imprensa.

Gol (GOLL4)
A companhia aérea Gol informou que a demanda por voos domésticos caiu 3,5% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto a oferta recuou 3,2%. 
Os dados mostram que a demanda doméstica por voos da Gol voltou a cair no mês passado após a alta registrada em setembro, que havia sido a primeira na comparação anual em mais de um ano.

Nos primeiros 10 meses do ano, a queda na demanda por voos domésticos foi de 6,3%, enquanto a oferta teve baixa de 5,4%. Os dados do sistema total da empresa, que incluem voos nacionais e internacionais, mostram queda de 4,4% na demanda em outubro e diminuição de 5,1% na oferta. Considerando apenas os números internacionais, a demanda caiu 11,4% no mês passado, enquanto a oferta teve baixa de 18,3%.

Natura (NATU3)
A fabricante de cosméticos Natura informou o início de uma reestruturação de seu modelo de negócios na França, encerrando a venda direta naquele país. 
Em comunicado, a empresa informou que o canal de venda direta, com 1.100 consultoras, será encerrado até 31 de dezembro de 2016 e que a mudança visa garantir o crescimento sustentável da marca no mercado francês.

O plano faz parte da estratégia de internacionalização da empresa em mercados maduros, com foco em três canais: loja própria, e-commerce e varejistas multimarcas. A fabricante brasileira de cosméticos afirmou que o movimento é concentrado no mercado francês, com base no comportamento dos consumidores daquele país.

“Diferentemente da América Latina, onde a venda por relações representa quase 30 por cento do faturamento do setor de cosméticos, na França essa participação é de apenas 2 por cento”, disse a Natura em comunicado, acrescentando que no Brasil e na América Latina, a venda direta “é e continuará a ser o principal canal da Natura”.

A empresa afirmou ainda que a internacionalização da marca é um dos objetivos estratégicos para os próximos anos, sendo que as operações fora do Brasil já representam mais de 30 por cento da receita líquida da Natura.

BTG Pactual e Equatorial 
A empresa Equatorial Energia (EQTL3) se uniu ao banco BTG Pactual (BBTG11) para comprar os ativos que a empresa espanhola Abengoa detém no Brasil. A proposta é formar uma sociedade, na qual a Equatorial seria majoritária e o BTG ficaria com algo entre 40% e 49%. Conforme apurou o Estado, Equatorial e BTG apresentaram uma proposta formal para aquisição da nove concessões de linhas de transmissão que foram assumidas pela Abengoa no Brasil, após a empresa vencer uma série de leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que estão com as obras atrasadas. 

O valor global oferecido pelos ativos é de pouco mais de R$ 1 bilhão. Desse total, R$ 277,2 milhões referem-se à aquisição total de todas as sociedades que a Abengoa detém nos empreendimentos. Outros R$ 724,7 milhões estão relacionados a saldos devedores de projetos em fase pré-operacional da Abengoa, ou seja, dívidas que a companhia acumula no País. A data base da proposta comercial é 31 de dezembro de 2015. 

As negociações com a Abengoa estão avançadas, com previsão de que a Equatorial e o BTG deem início ao processo de due diligence dos ativos, para passar um pente-fino administrativo, contábil e financeiro nos projetos da companhia. Questionada sobre as informações, a Abengoa não se manifestou até o fechamento desta reportagem. A Equatorial declarou apenas que “está sempre atenta às oportunidades de mercado”. O BTG Pactual não quis comentar o assunto.

Além disso, a aquisição pelo BTG de 70% das ações representativas do capital da recuperadora de crédito Ibagué é aprovada pelo Cade sem restrições. A fatia remanescente de 30% segue distribuída entre os atuais acionistas, entre eles a Leste Ilíquidos, controlada por Emmanuel Rose Hermann, ex-chefe da mesa proprietária de ações do BTG. Outros acionistas da Ibagué são Otair Guimarães e Ricardo Lopes Cardoso. A Ibagué é uma empresa pré-operacional que atuará na prestação de serviços relacionados à recuperação de carteiras de créditos corporativos inadimplentes e de imóveis estressados. O valor do negócio não foi revelado nos documentos do Cade e no despacho no Diário Oficial.

Localiza (RENT3)
A Localiza informou que o Conselho de Administração aprovou a emissão de R$ 500 milhões em debêntures simples, que terá esforços restritos de distribuição.  

(Com Reuters e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.