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As ações preferenciais da têxtil Coteminas (CTNM4) tiveram uma queda forte na sessão após dois dias de disparada na Bolsa, enquanto os papéis ON seguiram com leve alta. O ânimo do começo da semana ocorreu após a companhia ter assinado na semana passada acordo com a Shein para a chinesa aumentar a produção no Brasil.
Apenas nos pregões de segunda e terça, os papéis ON saltaram 274% e os PN dispararam 260%.
Já nesta quarta-feira (26), os ativos CTNM4 caíram 32,11%, a R$ 2,96; os papéis ordinários CTNM3, por sua vez, fecharam com alta de 3,27%, a R$ 15,49.
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A Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), que pertence ao atual presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, anunciou na última quinta (20) a assinatura do memorando de entendimentos com a chinesa.
Veja mais: Os dois lados dos investimentos da Shein no Brasil para as ações das varejistas locais
O documento prevê que 2 mil dos clientes confeccionistas da empresa passem a ser fornecedores da companhia asiática para atender os mercados doméstico e da América Latina. A parceria abrange o financiamento para capital de trabalho e contratos de exportação de produtos para o lar.
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Na quinta da semana passada, Josué participou de uma reunião do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com representantes da Shein, voltada especialmente para fast fashion.
Segundo Haddad, o empresário intermediou o entendimento com a varejista chinesa, especialmente depois da polêmica sobre sonegação de impostos nas compras em sites estrangeiros que vendem para o Brasil. Filho de José Alencar, morto em 2011, vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos seus dois primeiros mandatos, Josué sempre foi considerado próximo do petista. E tem se aproximado de alguns integrantes do governo, sobretudo de Haddad.
Cabe destacar que, nesta quarta, o Valor informou que a Coteminas enfrenta manifestações de funcionários em fábricas, após atrasos em pagamentos de benefícios e do FGTS, e produção em ritmo lento, após fraco desempenho em 2022.
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Alto endividamento (que já obrigou a Coteminas a pedir “waiver” a bancos em 2022), queda no lucro operacional e falta de capital de giro, num ambiente de perda nas vendas, pelos últimos dados de balanços, já tem obrigado a empresa a buscar soluções no mercado, aponta o jornal.
Além da negociação de um acordo com a Shein, empresa de Cingapura, a Coteminas tem buscado compradores para alguns negócios, como seus imóveis no Rio Grande do Norte e a participação de 30% na Cedro Têxtil, destaca a reportagem. A Coteminas é controladora da Artex, M.Martan, Casa Moysés e da marca Santista, e são cerca de 250 lojas das marcas do grupo.
(com Estadão Conteúdo)
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