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Resposta da Hurb aos comentários do CEO da CVC expostos nessa matéria, atualizada no dia 9/11:
O Hurb não inventa preços nem trabalha com milhas. Em vez disso, os valores propostos resultam da combinação de alta tecnologia, aprendizado de máquinas e relacionamentos sólidos com parceiros estratégicos. Essa expertise é algo ausente em outros concorrentes do mercado. Considerando a volatilidade significativa no setor de turismo, o Hurb aproveita plenamente essas flutuações em busca dos melhores preços possíveis.
Por exemplo, para um único destino, realizamos até 250 milhões de buscas por dia, o que nos permite descobrir descontos de até 40%. Além disso, em alguns casos, o nosso modelo de negócio permite aproveitar da melhor forma o hiato entre a compra e a entrega do produto para tornar o preço ainda mais acessível. Essa estratégia nos possibilita oferecer descontos vantajosos e preços mais atrativos para os consumidores.
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Após os casos marcantes da Hurb e da 123 Milhas, que cancelaram viagens marcadas de milhares de clientes e que se encontram com dificuldades, a CVC (CVCB3) espera algum benefício para o negócio.
Executivos da operadora de turismo falaram na tarde desta segunda-feira (6) com analistas, após a companhia, no fim da semana passada, ter divulgado seus resultados do terceiro trimestre de 2023. Como destaque entre as perguntas ficaram, claro, as indagações quanto ao impacto da saída de duas rivais do mercado na CVC.
“Com relação ao ambiente competitivo, por causa dos dois players que saíram do mercado, a gente vê uma tendência positiva. Temos quase R$ 8 bilhões em GMV [valor bruto de mercadoria, na sigla em inglês] que agora estão disponíveis no mercado”, disse Fábio Godinho, diretor executivo da companhia.
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“No entanto, uma grande parcela desse cliente estavam comprando produtos que não existem por preços que não existem. Não sabemos se parte desses clientes continuarão existindo. É uma clientela muito sensível a preço”, ponderou.
Segundo o CEO, a CVC fará algum esforço promocional, sem deixar margens de lado, já em novembro. “Esperamos receber alguma parte das pessoas que estavam se planejando para comprar nesses sites”, expôs.
Fora a questão do ambiente competitivo, os diretores da empresa também mencionaram que a situação da 123 Milhas e da Hurb impactou negativamente o segmento business to business (B2B) da CVC.
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“Redução do B2B se dá por restrição de vendas a companhias que trabalham com milhas, por conta do risco de crédito. Isso se mostrou uma decisão acertada da nossa parte”, explicou Carlos Wollenweber, diretor financeiro (CFO).
CVC com foco em rentabilidade
A linha de frente da empresa – que há algum tempo também esteve em maus lençóis e que ainda passa por uma reestruturação – voltou a explicar os pontos chaves que estão sendo seguidos para recolocar a companhia de pé.
A CVC investiu, recentemente, mais em marketing e também em tecnologia. Fora isso, o “plano de voo para o quarto trimestre e para 2024” é oferecer produtos exclusivos, achar formas alternativas de financiamento, continuar melhorando o seu mix de produtos e diminuir gastos administrativos.
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“Trabalho que estamos fazendo está trazendo resultados. Estamos, pouco a pouco, colocando a CVC de volta no seu caminho original. O marketing junto de melhores resultados devem trazer mais investimentos. Veremos lojas contratando mais trabalhadores e também a abertura de novas unidades, o que gera um ciclo virtuoso”, falou o CEO.
Segundo os executivos, o oferecimento de produtos mais caros, apesar de ter trazido uma queda no numero das reservas, foi responsável pela melhora do take rate, indicador de rentabilidade, da operadora de turismo.
Quanto à novas formas de financiamento de viagens, a empresa busca, com isso, também atrair novos clientes.
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“Ninguém quer viajar com limite de crédito baixo. Estamos trabalhando com o saque aniversário de FGTS, com o parcelamento no boleto, voltando com nossas carteiras e com inadimplência baixa, e com o financiamento do Banco do Brasil BBAS3). Estamos fazendo testes, com alguns mais consolidados, outros menos”, explicou Godinho.
Queima de caixa
Quanto à queima de caixa, que foi apontada por analistas como o ponto negativo trazido pela CVC no trimestre, a CVC tratou de diminuir as preocupações.
“Apesar da redução de nosso caixa, após o recente follow on, estamos equilibrando melhor a dinâmica de recebíveis de clientes. Estamos reduzindo o custo financeiro, apesar de alguma queima de caixa, para melhorar nosso balanço”, debateu o CFO.
“Nós adequamos nossa antecipação de recebíveis. As contas a receber aumentaram R$ 425 milhões. Se a gente precisar receber caixa, conseguimos pegar esse dinheiro em um dia”, diz. “Com o recurso do IPO, fizemos menos antecipações, reduzimos nosso custo financeiro. Isso melhorou nosso resultado. Vamos operar de maneira mais racional”, explicou.
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