Cofundador do Twitter quer usar cripto USDC para levar remessas e poupança em dólar a economias emergentes

Parceria entre Circle e TBD, de Jack Dorsey, visa melhorar o acesso a stablecoins de dólar em países com moedas em rápida desvalorização

CoinDesk

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A TBD, empresa de Bitcoin do cofundador do Twitter Jack Dorsey, está se unindo à Circle Internet Finance, emissora da stablecoin USD Coin (USDC) para oferecer transferências internacionais e poupança em cripto dólar para investidores em todo o mundo. As empresas revelaram sua parceria na quarta-feira durante a conferência Converge22 da Circle, em São Francisco nos Estados Unidos.

“O dólar americano é a moeda de reserva hoje, e achamos que o Bitcoin pode ser a moeda de reserva de amanhã. Stablecoins são a ponte entre os dois”, disse Emily Chiu, diretora de operações da TBD, ao CoinDesk.

Subsidiária da Block, empresa de pagamentos dirigida por Dorsey e dona do Cash App, a TBD é uma plataforma de desenvolvimento de código aberto que vem trabalhando em uma corretora cripto descentralizada chamada TBDex. A TBD também quer desenvolver uma nova camada de internet descentralizada, chamada de Web 5, que permitiria que as pessoas detenham a posse de seus dados de usuário e interajam umas com as outras sem intermediários.

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Efeito inflação

O valor de várias moedas emitidas por governos caiu em relação ao dólar devido à inflação persistentemente alta ao redor do mundo e em maio ao aperto agressivo da política monetária.

Pessoas que vivem em países com moedas em rápida depreciação – como na Argentina ou na Turquia – se refugiaram nas criptomoedas para proteger suas economias da desvalorização, e as stablecoins vinculadas ao dólar tornaram-se uma alternativa popular, desbloqueando transações mais baratas.

“O dólar é a moeda de reserva hoje, e achamos que o Bitcoin pode ser a moeda de reserva de amanhã. Stablecoins são a ponte entre os dois”, disse ao CoinDesk Emily Chiu, diretora de operações da TBD.

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A colaboração entre a TBD e a Circle visa criar uma base para acessar stablecoins globalmente, para que os desenvolvedores possam construir sobre a infraestrutura e os provedores de carteiras de criptomoedas possam se conectar ao protocolo de código aberto. Isso inclui a construção de redes de on-and-off-ramps entre as moedas tradicionais emitidas pelo governo e as moedas digitais baseadas em blockchain.

“Este é o problema definitivo das criptomoedas, isto é, como você faz as pessoas entrarem e saírem”, disse Chiu. “Hoje, é muito difícil para alguém que não é cripto nativo acessar cripto de uma maneira descentralizada, e para nativos de cripto entrar em moeda fiduciária, dependendo de onde estão”.

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O USDC da Circle, a segunda maior stablecoin do mercado com uma oferta de US$ 49 bilhões em circulação, deve se beneficiar por ser uma ponte para pagamentos internacionais.

Kash Razzaghi, diretor de receita da Circle, disse ao CoinDesk que as remessas são um dos casos de uso mais atraentes para stablecoins e destacou o mercado de pagamentos transfronteiriços EUA-México como foco da empresa.

Dados do Banco Mundial mostram que o México foi o segundo maior destinatário de remessas do mundo no ano passado, com US$ 51,6 bilhões, e 95% desse valor veio dos Estados Unidos, segundo o banco central mexicano.

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