CCR (CCRO3): JPMorgan eleva recomendação para compra por “redução de custos e balanço mais leve”; ação sobe 2,54%

Já Ecorodovias, mesmo com elevação de preço-alvo, segue com recomendação neutra

Camille Bocanegra

Free flow na CCR RioSP (Reprodução/CCR RioSP)

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Abordagem mais conservadora com capital, redução de custos e balanço mais leve, com menor alavancagem são pilares da tese de investimento do JPMorgan para CCR (CCRO3).

O banco elevou a recomendação para o papel, de neutro para overweight (exposição acima da média, similar à compra), e o preço-alvo de R$ 15,50 para R$ 16,00 para 2024, ou um potencial de valorização (upside) de 35,5% frente o fechamento de sexta-feira (27). Com essa elevação, os papéis CCRO3 fecharam em alta de 2,54%, a R$ 12,11, longe das máximas do dia, mas ainda com ganhos.

Essa não foi a única alteração no universo de cobertura do JPMorgan para o setor, uma vez que EcoRodovias (ECOR3) também teve sua meta de preço alterada para cima, de R$ 8,50 para R$ 9,00 (upside de 29%). O nome, contudo, não é considerado para compra pelo banco, que entende que os números de CCR se destacam na comparação com a concorrente e oferecem “uma avaliação mais atrativa”.

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“As operadoras de rodovias com pedágio têm apresentado surpresas positivas em termos de tráfego, o que implica em uma revisão de um dígito baixo a médio na receita para os próximos anos, ao mesmo tempo que demonstram um desempenho sólido no aspecto de custos, justificando uma revisão de dígitos médios a baixos no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) para ambas as empresas”, considera o relatório.

A análise considera que as duas empresas apresentam bom desempenho nas últimas licitações, demonstrando diligência e disciplina em unir oportunidades de crescimento com retornos atraentes.

CCR melhor posicionada para leilões

A tese de investimento da CCR é pautada em taxa de corte mais alta que demonstra a média histórica e foco na reciclagem de portfólio como partes de uma “abordagem conservadora na alocação de capital” e iniciativas de redução de custos, que compõem o mandato atual da administração da companhia.

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Além disso, o balanço se apresenta “mais leve” que antes, com alavancagem com pico de 3,5 vezes até 2024. Em comparação com a concorrente, a CCR se sai melhor nesse aspecto, uma vez que a EcoRodovias apresenta alavancagem de 4,0 vezes no próximo ano.

“Também vemos um risco de despesas de capitais (em inglês, chamado de CapEx) menor para a CCR em comparação com a Ecorodovias, uma vez que os investimentos da primeira atualmente representam 1,4 vezes seu valor de mercado, enquanto mais de 8 vezes para a segunda”, analisa o relatório.

Ainda assim, Ecorodovias apresenta “crescente eficiência operacional”, de acordo com o JPMorgan, e, motivado por isso, o Ebitda foi revisado em 13,5% para cima para 2023-24 pelo banco.

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Em relação aos próximos projetos, o relatório aponta que a CCR se apresenta como melhor posicionada para aproveitar as oportunidades de leilões em andamento.

“Em nossa visão, a reação do mercado às potenciais oportunidades de crescimento dependerá do cenário competitivo para cada ativo, embora tenha havido competição limitada nos últimos leilões de rodovias – apenas um ou dois participantes nos leilões que ocorreram este ano”, afirma.

Como riscos para o nome, há consideração de desaceleração de crescimento do PIB, crescimento mais lento que o esperado nos negócios ainda em maturação e riscos políticos.

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