Carrefour Brasil (CRFB3) divulga prévia operacional fraca, mas esperada, com deflação de alimentos prejudicando vendas

Menores volumes de vendas e fortes bases de comparação foram fatores para os números fracos da companhia no trimestre

Equipe InfoMoney

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O Carrefour Brasil (CRFB3) divulgou na noite da véspera sua prévia de vendas do terceiro trimestre de 2023 (3T23). Os números foram considerados fracos, ainda que em linha com o esperado, e algumas tendências desafiadoras devem persistir.

“A companhia destacou que a performance foi negativamente impactada pela deflação alimentar, menores volumes de vendas e fortes bases de comparação, enquanto a migração de sistemas do BIG foram um ofensor”, destaca a XP.

A XP aponta que as vendas mesmas lojas (SSS) consolidadas (sem postos de gasolina) veio em -4%, com o varejo sendo o principal ofensor (-8%), enquanto o Atacarejo permaneceu em território negativo mas melhor sequencialmente (-2,7% ao ano versus -4,3% no 2T). Também na visão do BTG Pactual, a deflação de alimentos continua prejudicando as vendas .

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Os analistas da XP apontam ser interessante destacar que a expansão orgânica do Atacadão em 2023 foi entregue, com a companhia esperando abrir mais 4 Sam’s no 4T23 (3 junto com o Atacadão e 1 com Carrefour).

No Atacadão, o SSS caiu 2,6%, impactado negativamente pela deflação alimentar (especialmente em commodities) e pelo cenário mais competitivo. As vendas totais ficaram estáveis ano a ano (4% acima do esperado pelo BTG), ajudadas pela adição de 21 lojas de atacarejo nos últimos 12 meses (além das conversões de lojas do Grupo Big). No 3T23, a empresa inaugurou três novas lojas de C&C, concluindo o plano de expansão para 2023.

A XP ressalta que a performance orgânica  foi impactada pela deflação de alimentos e volumes fracos uma vez que o canal B2B continua reduzindo estoques e migrando para compras mais fragmentadas e menores. A empresa, por sua vez, destacou que a performance de vendas foi sequencialmente melhor ao longo do trimestre. As vendas mesmas lojas convertidas do BIG alcançaram +22% ano a ano.

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Na bandeira Carrefour, as i) vendas orgânicas (sem postos de gasolina) caíram 8% ano a ano, também impactadas pela deflação alimentar e menores volumes; ii) as vendas brutas foram impactadas pela redução da área de vendas (-17%) por conta da conversão das lojas em Atacadão; iii) o processo de migração dos sistemas em loja comprometeram a performance do Grupo BIG (Todo Dia, Nacional e Bom Preço).

Já o Sam’s Club teve o maior SSS dentro do grupo, em +2% ano a ano, suportado pelo maior número de membros (+10%) por conta das ativações da empresa em atrair novos consumidores ao formato, enquanto a carteira de credito do Banco Carrefour cresceu 26%, com as receitas crescendo 14%, se beneficiando das lojas convertidas e lançamento do cartão Sam’s.

As vendas de mercadorias brutas (GMV) do e-commerce foram de R$ 2,52 bilhões ( 50% na base anual de alta), com sua operação de marketplace representando 15% do GMV total (queda de 110 pontos-base anuais). Enquanto isso, o comércio eletrônico de alimentos cresceu 67% frente o 3T22, para R$ 1,62 bilhão, representando 64% das vendas online.

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Tanto a XP quanto o BTG possuem recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 13 (upside de 36%).

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