Bolsas da Europa fecham em alta, com alívio nos títulos públicos por aposta em corte de juros

Os rendimentos dos bônus europeus renovaram o ímpeto descendente, com o do Bund alemão de 10 anos nos níveis mínimos desde maio

Estadão Conteúdo

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As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 6, em meio ao alívio nos juros de títulos públicos, após dados econômicos terem na região terem fornecido novos sinais que sugerem um Banco Central Europeu (BCE) em posição para cortar juros no ano que vem.

As encomendas à indústria da Alemanha recuaram 3,7% em outubro ante setembro, conforme revelou hoje agência oficial de estatísticas do país. Na zona do euro, as vendas no varejo tiveram marginal variação positiva de 0,1% no período.

Diante disso, os rendimentos dos bônus europeus renovaram o ímpeto descendente, com o do Bund alemão de 10 anos nos níveis mínimos desde maio. O movimento reflete expectativas de que o BCE relaxe a política monetária em 2024, embora o dirigente Martins Kazaks tenha dito hoje que a discussão é prematura.

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Seja como for, a aposta por alívio nos juros à frente se traduziu em uma sessão favorável à renda variável europeia. Em destaque, o índice DAX, de Frankfurt, encerrou com ganho de 0,75%, a 16.656,44 pontos, em nova máxima histórica. A ação da Volkswagen liderou o movimento, após reportagem da Reuters revelar que a montadora planeja cortes de custos de até 10 bilhões de euros.

Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 0,34%, aos 7.515,38 pontos. O papel da Tui, do setor de viagens, saltou 14,06%, após relatos de que a companhia estuda remover a listagem do mercado britânico e se transferir para Frankfurt.

Em Paris, o índice CAC 40 ganhou 0,66%, aos 7.435,99 pontos. Casino perdeu 4,33%, em correção após ter disparado 34% na véspera. Ontem, os grupos varejistas franceses Auchan e Intermarché anunciaram discussões para a formação de uma aliança de longo prazo, depois de terem feito oferta conjunta para supermercados da Casino. Apesar disso, ainda prevalecem incertezas sobre o futuro da empresa, que tenta reestruturar a dívida após ter firmado acordo de capitalização com o bilionário tcheco Daniel Kretinsky.

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Em segundo plano nas mesas de operações, há dúvidas sobre a capacidade de a União Europeia firmar um acordo para definir regras sobre o orçamento. À Reuters, uma fonte do Ministério das Finanças alemão afirmou ver pelo menos 50% de chance de um entendimento ser alcançado.

Entre outras praças, o FTSE MIB, de Milão, subiu 0,81%, aos 30.326,29 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,51%, aos 6.609,90 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, ganhou 0,19%, a 10.258,10 pontos. As cotações são preliminares.

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