Assaí (ASAI3), GPA (PCAR3) e Carrefour (CRFB3) recuam após corte de recomendação pelo Morgan

Papéis de varejistas de alimentos têm forte queda nesta sexta-feira

Equipe InfoMoney

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As ações das varejistas de alimentos tiveram uma sessão negativa nesta sexta-feira. As ações do Assaí (ASAI3) fecharam em queda de 1,58%; as do GPA (PCAR3), de 3,28%, após recuar mais de 5% na mínima do dia; Carrefour (CRFB3), por sua vez, despencou 7,04%, sendo a terceira maior baixa do Ibovespa.

No caso do Carrefour (CRFB3), a XP divulgou relatório hoje reduzindo o preço-alvo de suas ações, citando “desempenho abaixo dos concorrentes” e dificuldades de digestão das operações do BIG.

Em sua justificativa, o Morgan Stanley afirma que, embora as taxas de juros tenham começado a cair no Brasil, a tendência de consumo ainda está bastante cautelosa.

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No Varejo Alimentar, os operadores de “atacarejo“, como Carrefour e Assaí, continuam a sofrer pressão da redução dos preços dos alimentos.

Com isso, o banco cortou preço-alvo de Assaí de R$ 23 para R$ 20. Enquanto isso, Carrefour Brasil teve seu preço alvo diminuído de R$ 17,50 para R$ 16,50. Por fim, GPA foi reduzido de R$ 18 para R$ 5.

Varejistas: questões no horizonte

Conforme o Morgan Stanley, as altas taxas de juros continuam a pesar sobre as empresas. Além disso, outro aspecto levantado é sobre a revisão dos portfólios de ativos.

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Especialmente no caso do Grupo Pão de Açúcar ([ativo=GPA3]), a cisão do Grupo Exito foi concluída recentemente e a administração continua avaliando oportunidades de monetização na participação restante em Exito, em Cnova, bem como do portfólio de postos de gasolina e ativos imobiliários.

Para Carrefour, recentemente, a empresa executou um programa de sale-leaseback de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Mudanças no ambiente

Outro tema debatido no setor se encontra na tributação. O Morgan pontua que Assai conta com uma maior exposição à potencial remoção da dedutibilidade de benefícios fiscais estaduais.

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Entretanto, a companhia não espera que o benefício desapareça totalmente. Nesse sentido, o Morgan adotou uma postura mais conservadora em seu modelo, elevando as previsões de alíquotas de imposto de Assai.

Sobre potencial limite nas taxas de juros do rotativo do cartão de crédito, o Carrefour citou obstáculo de curto prazo para suas operações de serviços financeiros. A expectativa, porém, é por uma recuperação de rentabilidade ao longo do tempo.