Ações da Pague Menos (PGMN3) caem 8,3% após Credit Suisse cortar recomendação e reduzir preço-alvo em 63%

Analistas veem que a companhia deve entregar um crescimento orgânico limitado em relação ao mercado farmacêutico

Equipe InfoMoney

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As ações da Pague Menos (PGMN3) registraram queda forte na sessão desta quarta-feira (28), de mais de 8%, após o Credit Suisse reduzir a recomendação e preço-alvo para os ativos da rede de farmácias. A baixa dos ativos na sessão foi de 8,29%, a R$ 3,76.

A recomendação passou de outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para neutro, com o preço-alvo cortado de R$ 12,87 para R$ 4,80 (ou corte de 63%), ainda configurando um potencial de alta de 17% em relação ao fechamento de terça-feira (27).

“Acreditamos que a empresa deva enfrentar um caminho difícil para se alinhar ao crescimento do mercado e também não enxergamos grandes catalisadores muito claros para os próximos doze meses”, afirmam os analistas Mauricio Cepeda e Pedro Caravina, que assinam o relatório.

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Os analistas veem que a companhia deve entregar um crescimento orgânico limitado em relação ao mercado farmacêutico, dedicando tempo e energia para ramp up (início) das lojas novas e também de Extrafarma, além de apresentar um nível de alavancagem razoavelmente elevado.

“O nosso novo modelo considera 20 aberturas de lojas para 2023 e 120 para 2024. A empresa está em um cenário no qual deve precisar de um montante elevado de capital para a forte abertura de lojas em 2024 e também tem programado um pagamento dos R$ 350 milhões remanescentes decorrente das instalações da Extrafarma”, avaliam.

A expectativa é de que a empresa tenha uma necessidade grande de capex (investimentos) para 2024 com uma forte abertura de lojas e que isto deve limitar a desalavancagem.

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Os analistas ressaltam que a Pague Menos negocia atualmente a um múltiplo muito menor do que os pares. Em seus números, enxergam um patamar próximo de 6,3 vezes o EV/Ebitda (valor da firma sobre o Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2023 e próximo de 4,3 vezes para 2024.

“De toda forma, nossa recomendação neutra pode ser justificada por uma piora na performance operacional e preocupações com geração de caixa”, reforçam.

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