Vendas no varejo restrito devem recuar 0,7% entre novembro e janeiro, diz Ibevar-FIA

Projeção para varejo ampliado é de estabilidade, mas com viés de baixa; de acordo com pesquisa, tendência é de desaceleração

Roberto de Lira

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As vendas no varejo brasileiro devem mostrar queda de 0,7% entre os meses de novembro de 2023 e janeiro de 2024 no conceito restrito – que exclui os segmentos de veículos, motos, peça e partes e também os materiais de construção – e apresentar estabilidade, com viés de baixa,  no varejo amplo. O dado é do indicador Ibevar-FIA.

No relatório anterior, para o período de outubro a dezembro, já havia a previsão de retração de 0,7% nas vendas da varejo restrito, embora a projeção para o varejo amplo fosse uma alta de 0,8%.

Na nova pesquisa, os piores resultados de vendas entre novembro e janeiro são esperados  para os segmentos de Livros, jornais e revistas (- 8,2%), Móveis e eletrodomésticos (-3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,7%) e Veículos, motos partes e peças (-0,3%).

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Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, afirmou em nota que a previsão ainda é de as vendas no varejo fecharem o ano em alta ante 2022, com +4,96% no conceito ampliado e 1,74% no restrito. No entanto, ele alerta que resultados das últimas projeções mostram uma clara tendência de desaceleração.

“Essa situação pode ser atribuída ao cenário macroeconômico incerto: pressão inflacionária proveniente principalmente do núcleo serviços, embora menor mais recentemente, aumento das taxas de juros internacionais e desconfiança em relação a capacidade do governo equilibrar suas contas”, listou.

Segundo ele, apesar de o consumidor no geral não atentar para esses aspectos isoladamente, a conjunção desses elementos cria um ambiente desfavorável, obviamente percebido pela população.