PMI de serviços do Brasil se recupera da queda em setembro e vai a 51,0 em outubro

Com esse dado, o PMI composto, que agrega serviços e indústria, avançou 49,0 em setembro para 50,3 em outubro

Roberto de Lira

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O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Brasil subiu de 48,7 em setembro para 51,0 em outubro, se recuperando assim da retração do mês anterior e atingindo o maior nível desde junho (53,3), informou nesta segunda-feira (6) da S&P Global. Leituras acima de 50,0 no indicador apontam que a atividade está em expansão, enquanto um dado abaixo disso significa contração.

Com o dado, o PMI composto, que agrega serviços e indústria, avançou 49,0 em setembro para 50,3 em outubro, ficando dentro da zona de expansão pela sexta vez nos últimos oito meses.

Segundo a S& Global, o aumento da atividade de serviços foi discreto, os participantes da pesquisa citaram conquistas de novos negócios e uma melhoria da demanda. De fato, o aumento na atividade foi acompanhado por uma expansão moderada nas vendas, que foi a mais forte em quatro meses.

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A criação de empregos foi restabelecida, embora em ritmo moderada, de acordo com as respostas dos gerentes de vendas. Enquanto as pressões sobre os custos dos insumos se intensificaram em outros setores, os preços cobrados na prestação de serviços sofreram o maior aumento em quatro meses.

Para Pollyanna de Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence, as pesquisas do PMI de outubro mostraram um resultado líquido positivo para a economia do setor privado brasileiro, uma vez que a expansão dos serviços foi mais do que suficiente para compensar outro enfraquecimento no lado do setor industrial.

“A melhoria na demanda por serviços sugeriu que o consumo privado e os investimentos em negócios mostraram sinais de resiliência. Além de ter sido a única impulsionadora de crescimento em outubro, a economia de serviços foi uma fonte de pressões sobre os preços”, avaliou em nota.

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Segundo ela, o fato de os custos agregados dos insumos terem subido acentuadamente mais uma vez (foi a maior medida em quatro meses) é uma tendência preocupante pois, caso se mantenha, poderá levar o Banco Central a suspender os cortes nas taxas de juros em um momento em que despesas e investimentos poderiam receber um incentivo com novas reduções na Selic.