Ante incertezas atuais, Fed vai atuar ‘com cautela’, afirma Jerome Powell

O efeito total do aperto monetário já adotado ainda será sentido, de acordo com ele

Estadão Conteúdo

Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell fala durante entrevista após reunião do Fomc (Chip Somodevilla/Getty Images)

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou nesta quarta-feira, 1º de novembro, que a autoridade monetária vai atuar “com cautela” frente às incertezas atuais e considerando o quanto os juros já foram elevados no país. O efeito total do aperto monetário já adotado ainda será sentido, de acordo com ele.

“A orientação da política é restritiva, o que significa que exerce pressão na economia e na inflação e os efeitos totais do aperto ainda não foram sentidos”, disse Powell, em coletiva de imprensa, no período da tarde, após o Fed anunciar a decisão de manter novamente os juros estáveis.

Em linha com as expectativas de Wall Street, o presidente do Fed disse que o BC dos EUA vai agir com cautela.

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“Dado o quão longe chegamos e, considerando, as incertezas e os riscos que enfrentamos, agiremos com cautela”, afirmou Powell.

Compreensão dos problemas causados pela elevada inflação

O presidente do Federal Reserve afirmou ainda que a autoridade compreende os problemas causados pela elevada inflação. A estabilidade de preços é fundamental, defendeu.

“Reconhecemos os problemas causados pela inflação elevada e continuamos fortemente empenhados em reduzir a inflação para o nosso objetivo de 2% ao ano”, disse Powell.

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Ele lembrou que a estabilidade de preços é responsabilidade do Fed. “Sem estabilidade de preços, a economia não funciona para ninguém. Em particular, sem estabilidade de preços, não alcançaremos um período sustentado de fortes condições no mercado de trabalho que beneficiem a todos”, disse, mencionando o aperto monetário conduzido desde o ano passado.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed manteve pela segunda vez consecutiva os juros americanos na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. A decisão foi unânime e veio em linha com as expectativas de Wall Street, que esperavam taxas estacionadas diante do quadro econômico atual.