Black Friday: como se proteger de 3 golpes mais comuns com Pix durante as compras?

Siga recomendações de especialistas para conseguir comprar aquilo que realmente precisa de forma segura

Giovanna Sutto

(Getty Images)
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A atenção na hora de finalizar uma compra é sempre importante, mas, em tempos de Black Friday com Copa do Mundo e promoções atrativas com a facilidade que o Pix proporciona, esse cuidado precisa ser redobrado.

O Pix completou dois anos de funcionamento, e embora sua popularidade seja inegável pela rapidez e praticidade, o mecanismo instantâneo também vem sendo associado a muitos golpes.

Especialistas defendem que as brechas de segurança têm mais a ver com os usuários que são enganados pelos criminosos por meio da engenharia social, do que com falhas operacionais do sistema e, por isso, o consumidor deve ter cautela para não pagar ou fazer transferências erradas.

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A Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (Abcomm) estima que a Black Friday movimentará este ano cerca de R$ 6,05 bilhões no comércio online nacional, com um total de 8,3 milhões de pedidos. Os artigos que lideram a preferência dos consumidores são eletrônicos, telefonia, produtos de informática, eletrodomésticos, eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

O InfoMoney consultou Fabio Assolini, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky; Danilo Gato, educador financeiro, e Marco Zanini, CEO da Dynamo Networks, além do Procon-RJ, para listar os golpes mais comuns que envolvem o Pix e explicou como evitá-los. Confira:

Golpes mais comuns

Sites falsos

Quando se trata de compras, especialmente em e-commerces, um dos golpes mais comuns é o da página falsa que exige o Pix como pagamento por meio de ofertas muito atrativas.

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O consumidor pode receber o link desse site falso por e-mail, sms, WhatsApp ou mesmo buscar um produto no Google, e o site falso aparecer entre os verdadeiros.

Essa página é muito similar à página verdadeira da empresa que possui o produto em questão e geralmente está atrelada a uma oferta com um “desconto imperdível”.

A ideia é que o usuário clique no link e faça o pagamento do produto para a chave Pix do criminoso. Esse golpe também pode acontecer com o QR Code.

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Resgate falso do Pix

Outro recurso que vem fazendo vítimas na hora da compra é o WhatsApp. Muitas lojas e profissionais autônomos utilizam o app de mensagem para fazer vendas e prestar atendimento ao cliente.

No entanto, o cliente deve ficar atento com mensagens que recebe, via WhatsApp, como estas: “Parabéns, você ganhou um desconto!” ou “Confira essa promoção imperdível”. Muitas vezes os criminosos enviam um link com uma oferta de resgate de um valor em dinheiro em comemoração à Black Friday.

Ao abrir, na página inicial, já é solicitado ao usuário que forneça sua chave Pix, sendo celular ou CPF, para que a transação seja realizada. Para convencer a vítima, nesse ambiente falso, aparecem diversos comentários falsos de redes sociais que mostram elogios de usuários que preencheram o formulário e receberam o dinheiro.

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No passo seguinte, é solicitado que a vítima compartilhe o esquema com outros contatos para que ela receba o dinheiro ofertado e, caso não cumpra essa etapa, seu Pix será direcionado para outra pessoa.

Assim que o link é enviado para diversos contatos, o esquema libera a próxima etapa que solicita a confirmação da chave Pix da vítima em troca do dinheiro.

Neste caso, a pessoa não perde dinheiro diretamente porque não faz um envio de quantias, mas acaba compartilhando sua chave Pix, que em muitos casos é o CPF, para os criminosos podendo ser utilizado em outros golpes no WhatsApp.

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Robô do Pix

Outro golpe muito comum é o do “robô do Pix”. Nele, os golpistas divulgam uma tabela de valores e rendimentos altíssimos dizendo que conseguem dar esses resultados aos investidores usando um suposto “robô do Pix”. No caso da Black Friday, essa tabela pode estar atrelada a alguma loja ou estabelecimento comercial e na “super oferta”.

Também divulgam vídeos de pessoas que supostamente tiveram resultados com o robô dando depoimentos sobre o quanto estão satisfeitas. Ao fazer a transferência dos valores via Pix, o golpista some com o dinheiro e para de responder.

Nem sempre são valores altos e em alguns casos os golpistas até fazem o Pix de retorno com valores mais baixos, mas quando a pessoa recebe fica instigada a enviar mais e mais dinheiro.

Não existe resgate de valores em comemoração à data de varejo. O que você pode encontrar são ações de grandes empresas, como a Via, dona de Casas Bahia e Ponto, impulsionando o Pix com sorteios como o do “Pix de R$ 1 milhão” e com outra promoção, “Gol de Pix”, em que o cliente recebe um Pix na conta quando o Brasil fizer um gol na Copa e ganhar o jogo, conforme o tipo e valor do produto que comprou.

Como se proteger dos golpes com o Pix?

Especialistas separaram dicas para que você possa se proteger. Veja as recomendações:

O Procon-RJ ressalta também que é importante pesquisar na internet relatos de outros consumidores sobre a empresa e guardar todos os e-mails de confirmação do pedido, pagamento e qualquer outra comunicação recebida da loja.

*Com informações da Agência Brasil 

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.