Apple, Amazon e Microsoft recebem notas baixas em avaliação do Greenpeace

Segundo a organização, os datacenters de tais empresas são alimentados por carvão e energia nuclear

Eliane Quinalia

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SÃO PAULO – Um recente relatório do Greenpeace sobre os sistemas de cloud computing no mundo constatou que nem todas as empresas de TI (tecnologia da informação) estão investindo no uso de ‘energia limpa’ para o funcionamento de seus datacenters.

De acordo com o relatório “How clean is your cloud?” (“Quão limpa é sua nuvem?”, em inglês), que avaliou 14 empresas de TI, além do abastecimento de eletricidade de mais de 80 datacenters, Apple, Amazon e Microsoft ainda utilizam carvão e energia nuclear para alimentar seus datacenters.

“Companhias altamente inovadoras e lucrativas estão construindo datacenters que utilizarão energia proveniente da queima de carvão e agindo como se seus clientes não soubessem disso ou não se importassem. Eles estão errados”, informa o analista sênior de Políticas do Greenpeace Internacional, Gary Cook.

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Segundo o profissional, mais da metade da demanda energética da Apple é abastecida por carvão, sendo a energia nuclear responsável por providenciar quase um terço do que a Amazon utiliza.

O problema
Para quem não sabe, o carvão, está no centro do problema que causa mudanças climáticas. “Ao ser queimado, ele emitem grandes volumes de gás carbônico, o principal gás que causa o efeito estufa”, explica o Greenpeace.

Em outras palavras, quando um internauta sobe uma foto em uma rede social, por exemplo, ele pode piorar inadvertidamente o aquecimento global.

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“Quando as pessoas ao redor do mundo compartilham suas músicas ou fotos na nuvem, elas deveriam ter o direito de saber se esta é alimentada por energia limpa e segura”, afirma o coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, Pedro Torres.

Empresas eficientes
Mas nem todas as empresas de tecnologia funcionam dessa forma. De acordo com o relatório, Google, Yahoo e Facebook já estão tomando medidas para utilizar uma energia mais ‘limpa’ para alimentar suas nuvens.

“Elas começaram a investir em eficiência energética, priorizar energias renováveis e exigir melhores opções energéticas do governo”, relata a organização.

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Além disso, tanto o Google quanto o Yahoo estão aumentando a participação das energias renováveis em suas instalações, inclusive em suas novas construções, enquanto o Facebook compartilha o OpenCompute, uma tecnologia de eficiência energética.

“O Facebook também anunciou em dezembro uma nova política que prioriza o uso de energia limpa”, diz o Greenpeace.

Contudo, muito ainda precisa ser realizado, especialmente na opinião de Cook. Para ele, as companhias de TI têm feito grandes progressos em termos de eficiência energética, mas isso é apenas metade do que deveria ser feito. “Elas precisam ter certeza de que a energia que utilizam é proveniente de fontes limpas”, diz.

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