Bolsa pode cair ainda mais

Mas a queda recente já oferece oportunidades de compra os investidores que estão comprando ações com um horizonte de longo prazo 

gustavovilelaalmeida

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A bolsa de brasileira acompanhou hoje o movimento mundial de aversão a risco e fechou em baixa. Diante disso, muitos investidores menos experientes costumam se sentir incomodados e passam a duvidar do tom positivo que escutaram nos últimos meses.

Ainda que a maioria saiba, racionalmente, que o mercado de ações oscila mesmo – não se chama renda variável à toa –, é difícil se sentir confortável vendo o Ibovespa perder mais de 8.000 pontos em menos de dois meses.

Estatisticamente, maio é um mês de correções das bolsas e, até agora, vem confirmando as estatísticas.

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A bolsa oscilou bastante nas últimas semanas em razão de dois movimentos extremamente importantes para o direcionamento de curto prazo dos mercados. Em ordem de prioridade para o Brasil, o primeiro é a reforma da previdência.

De maneira bem simples, muito se aposta na visão e intenção do novo governo – o problema está no processo de implementação. Não é possível governar sem aliados, e o governo está tendo de trabalhar bastante para consegui-los. Além disso, conforme vai passando o tempo, os mercados vão cansando e o timing para a bolsa evoluir no curto prazo (momento de alta) vai perdendo o brilho para o momento de baixa e de ajustes.

O segundo movimento é a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que imaginávamos que estava andando para um caminho positivo… e eis que, num domingo, o presidente Donald Thrump resolve colocar um calor intenso nas negociações. As taxações dos produtos chineses subiram e tudo indica que, se não houver novas evoluções nas negociações, mais tarifas virão.

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Infelizmente esse tudo indica não é uma certeza, é uma suposição. E, como toda suposição, existem pontos de dúvida que precisam ser resolvidos.

Bom, olhamos o lado negativo, mas vamos parar e pensar agora como investidores que querem uma boa oportunidade em investimento de renda variável, pois é assim que são construídas as riquezas – e não na renda fixa.

Como pessoas que avaliam oportunidades, precisamos perceber que, primeiro, olhando em um horizonte de tempo, algo como os próximos 3 a 5 anos, tendo a aprovação das reformas, o Brasil estará bem melhor e a economia irá crescer. Me parece sensato pensar assim.

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Sendo assim, essa queda recente das ações pode ser encarada como algo positivo para aqueles que já se posicionaram, mas principalmente para as pessoas que estão iniciando a sua educação financeira e ainda querem começar a investir. Precisamos aprender a esperar e entender que correções fazem parte do jogo.

Mas… é hora de comprar?

É possível que o movimento de correção da bolsa, que começou no dia 19 de março, pouco depois de o Ibovespa bater os 100 mil pontos, continue até o índice chegar a 89 000 pontos.

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Como é bem difícil acertar o timing exato de quando o mercado vai voltar a subir, quem pretende construir uma poupança de longo prazo na bolsa pode aproveitar a correção recente para ir montando sua carteira de ações aos poucos, mês a mês.

Sugiro acompanhar tanto os analistas fundamentalistas que podem dar sugestões de ações de empresas de qualidade.

Já os investidores mais experientes, dispostos a acompanhar o mercado mais de perto, podem esperar um pouco mais. Meu conselho é acompanhar os analistas técnicos, que indicam o melhor momento para comprar e a relação de risco x retorno nas operações.

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Espero que tenha ajudado e fico a disposição para tirar dúvidas e ajudar você a investir melhor diariamente na Sala do Guga na InvesTV da Rico Investimentos.

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