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As concessões de empréstimo consignado cresceram em 22% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o Banco Central. A popularidade deste tipo de crédito se dá por seus juros baixos e pelo pagamento ser direto no salário, mas ele não é a saída para o desequilíbrio financeiro.
Os juros são mais baixos que os das demais modalidades de crédito justamente porque o pagamento é “garantido”. Dessa forma a sua renda do trabalhador é significativamente reduzida já na fonte e se não houver equilíbrio e mudanças de hábitos, o endividamento pode se agravar ao longo do tempo.
Afinal, se já estava difícil administrar o salário completo, imagine como ficará a situação após a redução. A busca pelo empréstimo deve ser uma atitude tomada após conscientização real do problema, ciência de todos os ganhos e gastos e análise das alternativas, considerando ações mais sustentáveis que o empréstimo.
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Vejo que muitas pessoas aderem ao consignado para quitar outra dívida, como cheque especial ou cartão de crédito, em que os juros são mais altos. Mas apenas trocar uma dívida pela outra não é suficiente, é preciso corrigir o comportamento que levou a essa situação, para sair do ciclo do endividamento de forma definitiva.
Portanto antes de tomar qualquer crédito, conheça a sua real situação, fazendo um diagnóstico financeiro. Foque em resolver a questão, evitando que os problemas financeiros reflitam em seu desempenho profissional – afinal será muito mais complicado pagar qualquer prestação sem salário.
Procure saber se sua empresa disponibiliza informações ou algum tipo de programa de educação financeira. Caso não tenha, procure por conta, há diversos livros e cursos, muitos online e gratuitos, que podem ajudar. Diversos canais do YouTube falam sobre finanças, o meu é um deles, indico este vídeo em especial para endividados e inadimplentes: clique e assista.
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Se for tomar este crédito, de forma consciente e planejada, tenha de antemão a certeza de que o valor descontado no salário ou aposentadoria não comprometerá os seus compromissos essenciais mensais, já que o custo de vida pode ser reduzido em até 35%. Não há problemas em ter dívidas, o problema está em não ter o controle sobre a situação. Portanto, procure se educar financeiramente.