Os cinco erros mais comuns cometidos por investidores

Veja quais os cinco erros mais comuns dos investidores e identifique o seu!

Marcelo Coutinho

Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

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Você confiaria sua saúde a um médico que obteve o diploma através de um curso por correspondência? Não se preocupe em responder essa questão absurda, pois ela é apenas uma forma de comparação com a realidade de muitos investidores – os que acham que um pouco de estudo é suficiente para exercer com eficiência a arte de investir.

O processo de aprendizado de quem almeja investir com segurança deve ser semelhante ao de um processo de graduação. Não é somente a leitura de alguns livros e a participação em uma palestra ou curso introdutório que o deixará capacitado.

Separei cinco erros que reparo no dia a dia dos investidores. Alguns chegam até a ser óbvios, mas nem por isso menos importantes.

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1) Cuidado com o perfil da operação e o controle do tempo

Imagine um investidor que monta uma operação complexa, que necessita de uma atenção maior. Mas ele trabalha o dia todo e não tem condições de acompanhar o mercado em tempo integral. São grandes as chances de ele não conseguir alcançar seu objetivo. Antes de adotar estratégias mais agressivas, é preciso saber qual é sua disponibilidade de tempo para a operação.

2) Escolha de ativos

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A pergunta clássica de muitos investidores: que ativos eu devo comprar? A resposta é muito simples: priorize a segurança e fuja dos micos. Com exceção de alguns poucos que, uma vez ou outra, conseguem fazer pequenas fortunas com operações arriscadíssimas, a tendência de quem opera micos é se dar mal.

Aquele amigo seu que diz ter ganhado horrores com a MICO3, nunca vai dizer o quanto ele perdeu com a MICO4. E pode ter certeza de que não foi pouco!

O melhor a fazer é focar nas “blue chips”. Pode ter certeza que a tarefa será infinitamente mais controlável e previsível.

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3) Montagem da operação

Erros durante a montagem da operação são muito comuns. A boa notícia é que são fáceis de evitar. Ao responder as seguintes questões pode-se, tranquilamente, bloquear todas as possibilidades de cometer um grande equívoco.

– Você vai comprar a ação a quanto?

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– Já sabe onde vai posicionar o “stop loss” e o “stop gain”?

– Sabe explicar por que montou a operação dessa forma?

Quando tem essas respostas em mente o investidor deixa de ser um “torcedor” e dá o primeiro passo para chegar ao nível da estratégia. É claro que as perguntas não vão fazer com que as perdas acabem. Mas quando tiver que assumir um prejuízo, será algo já dentro de um limite estipulado. Ou seja, nada de emoção descontrolada.

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Importante lembrar que o investidor precisa ser fiel à sua estratégia. Ou seja, a partir do momento em que tem as respostas para as três perguntas, precisa ir com elas até o fim.

4) Gerenciamento de risco

Uma tática muito utilizada pelos estrategistas é analisar o “beta” do ativo antes de operar. O “beta” é uma simples e eficiente forma de gerenciamento de risco que aponta o comportamento do papel em relação ao Ibovespa. Um ativo de “beta” igual a quatro, por exemplo, andará 4 vezes mais que o Ibovespa – para cima ou para baixo. Fique atento a esse indicador para evitar surpresas.

Mas a lição sobre gerenciamento de risco que fica é que na bolsa não existe quem não perca dinheiro, mas quem ganha mais do que perde. Esse investidor está sempre preocupado em montar uma operação de acordo com os caminhos apresentados para evitar os três erros anteriores.

5) Não acompanhar as operações de forma irracional

A linha entre a racionalidade e a emoção é tênue e de mão única. Uma vez feita uma bobagem não resta outra alternativa a não ser assumir o prejuízo. É nesse momento que surgem os “investidores” que abandonam a bolsa e passam a chamá-la de cassino.

As histórias de gente que quebrou investindo em ações existem, claro. Mas você pode ter certeza de que essas pessoas entraram no mercado pela porta dos fundos: com CPF, RG e nenhum (ou pouco) conhecimento. Para elas, a infinita estrada do aprendizado foi uma mera ruela – e sem saída.

A lição é que deixar de investir na bolsa é perder uma grande oportunidade. Quando o investidor segue o caminho certo (apresentado aqui em resumo), certamente terá um bom retorno, pois fez a blindagem emocional e ficou apto a acompanhar seus investimentos de forma absolutamente racional.

Contato: mcoutinho@youtrade.pro.br

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