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Lula agiliza negócio entre Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3)

Presidente indicou os quatro novos conselheiros para o Cade, que, agora poderão julgar operação de R$ 7,5 bilhões entre as companhias

Alexandre Inacio

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu um passo importante para agilizar o processo de compra de 16 unidades frigoríficas da Marfrig (MRFG3) pela Minerva Foods (BEEF3). Ele acaba de anunciar os quatro nomes para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que estavam pendentes para dar sequência ao negócio.

Os nomes de José Levi Mello do Amaral Júnior, Camila Cabral Pires Alves, Diogo Thomson de Andrade e Carlos Jacques Vieira Gomes foram indicados para substituir Luiz Augusto Azevedo de Almeida Hoffmann, Sérgio Costa Ravagnani, Luis Henrique Bertolino Braido e Lenisa Rodrigues Prado, que chegaram ao fim de seus mandatos.

Anunciada em agosto deste ano, a operação de R$ 7,5 bilhões estava travada no órgão regulador por falta de quórum entre os conselheiros. Dos sete, apenas três estavam trabalhando, uma vez que os demais chegaram ao fim de seus mandatos.

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A indicação dos nomes é apenas o primeiro passo. Os nomes ainda precisarão passar por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Na sequência, precisam ser aprovados pelo plenário da Casa. As próximas ações protocolares ainda não têm data para ocorrer.

Marcos Molina
Marcos Molina, controlador da Marfrig: empresa espera conclusão do negócio com a Minerva até o fim do segundo trimestre de 2024 (Divulgação)

Durante a conferência de resultados com investidores, o presidente do conselho de administração da Marfrig, Marcos Molina, disse esperar por uma aprovação até o fim do segundo trimestre de 2024. A expectativa do empresário leva em consideração a aquisição de participação da Marfrig na BRF que, segundo Molina, levou entre oito e nove meses.

Para a Marfrig, o closing da operação significa um reforço significativo em seu caixa. A companhia recebeu da Minerva um sinal de R$ 1,5 bilhão. Os R$ 6 bilhões restantes só serão liberados após a votação dos novos conselheiros e a consequente aprovação do negócio.

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Do lado da Minerva, a chegada das novas unidades permitirá que a companhia adicione 7.699 cabeças por dia à sua capacidade de abate no Brasil. No país, a empresa passará a ter capacidade para abater diariamente 22.336 animais em 21 unidades, a segunda maior, atrás apenas da JBS (JBSS3).

A liberação do Cade também permitirá que a Minerva alcance uma capacidade diária de abate de 42.439 cabeças de bovinos em toda a América do Sul. Com as unidades da Marfrig, a companhia expande em 43,7% sua infraestrutura de abate na região