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Como Exxon Mobil e Pioneer concretizaram o maior M&A do ano

Conversas se iniciaram no começo de 2023, mas Exxon partiu para uma proposta mais firme apenas no mês passado

Equipe InfoMoney

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O ressurgimento da Exxon Mobil sob o comando do CEO Darren Woods e a iminente aposentadoria de Scott Sheffield, CEO da Pioneer Natural Resources, foram determinantes para a conclusão de um dos principais M&As do setor de petróleo dos últimos anos, segundo reportagem da agência Reuters. Na quarta-feira (11), as empresas anunciaram um acordo de US$ 59,5 bilhões, a maior transação de 2023 até o momento.

Após sondagens no início deste ano, a Exxon fez uma abordagem firme junto à Pioneer no mês passado, disseram fontes à reportagem. Com as ações em preço recorde e um caixa de US$ 30 bilhões, a Exxon tinha uma posição de força para avançar na compra da concorrente.

Sheffield disse que foi abordado por Woods há duas semanas com uma oferta que era benéfica tanto para os acionistas quanto para os funcionários da Pioneer. “Darren foi muito justo nas negociações”, disse Sheffield a um pequeno grupo de repórteres.

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O CEO da Exxon já tinha capitalizado os elevados preços da energia para racionalizar as operações da companhia e concentrar-se na produção altamente lucrativa de petróleo e gás.

Isto permitiu à Exxon entrar nas negociações do acordo com as suas ações cobiçadas pelos investidores como uma moeda valiosa. As apostas eram altas. A aquisição transformaria a Exxon no maior produtor de xisto na bacia do Permiano, que é ela própria o maior e mais lucrativo campo petrolífero dos EUA.

A Exxon também conseguiu costurar um acordo em dinheiro e troca de ações em que foi possível pagar um prêmio relativamente pequeno, de 16%, sobre as ações da Pioneer, enquanto os acionistas da adquirida poderão se beneficiar das sinergias da empresa combinada. “Basicamente fechamos este acordo rapidamente”, disse Woods a repórteres em teleconferência na quarta-feira.

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Do lado da Pioneer, a opinião era que os acionistas estariam dispostos a aceitar um pequeno prêmio de aquisição em troca de uma participação no gigante da indústria, cujas ações são vistas como o padrão-ouro por muitos petroleiros tradicionais, incluindo Sheffield.

A empresa combinada também terá mais recursos para desenvolver projetos internacionais, como as operações na Guiana, acrescentaram as fontes.

De sua parte, Sheffield estava pronto para vender a Pioneer. O executivo de 70 anos lidera a empresa desde a sua fundação em 1997, com um breve hiato entre 2016 e 2019. Ele disse que planejava se aposentar em janeiro e terá uma aposentadoria tranquila, uma vez que receberá um pagamento de US$ 29 milhões e ingressará no conselho da Exxon.

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“Quando Scott e eu nos sentamos e começamos a conversar sobre a natureza complementar de nossos dois negócios, ficou muito óbvio, logo no início das discussões, que há uma grande oportunidade aqui”, completou Woods.