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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições um acordo entre a Randoncorp (RAPT4) com a Mercedez-Benz para a produção de eixos dianteiros para caminhões e ônibus da subsidiária brasileira da empresa alemã, desvendando assim a “grande montadora” que garantiu ao grupo gaúcho um contrato de R$ 7 bilhões, anunciado em meados de outubro.
Pelo acordo, firmado pela controlada Suspensys, a Randoncorp irá construir uma nova fábrica em Mogi Guaçu, no estado de São Paulo, como parte do negócio. À época, a Randon não citou qual seria a empresa, mas disse que se tratava de uma das principais montadoras de caminhões e ônibus do país – o que é de fato – e que a planta atenderá toda a linha de veículos comerciais da empresa.
Em outubro, a companhia afirmou por meio de fato relevante que a previsão é de que a nova fábrica inicie operações no primeiro trimestre de 2025 e que o negócio gere receitas adicionais de até R$ 7 bilhões até 2035 – prazo de vigência do contrato.
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“Para a Randoncorp, a operação representa uma oportunidade de expandir o seu portfólio de produtos com a entrada em novos segmentos de autopeças, com o garantido retorno financeiro dos investimentos realizados por meio do contrato de fornecimento de longo prazo”, defendeu a companhia, em processo junto ao Cade.
Já sob o ponto de vista da Mercedes, a empresa alega que o negócio representa uma estratégia de “desindustrialização de determinados insumos antes produzidos internamente”, o que a permitiria focar em sua atividade principal.
Além da nova fábrica, a Randoncorp disse no fato relevante de outubro que também irá adquirir ativos da montadora em questão para atender o fornecimento, embora não divulgue quais serão esses ativos.
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Procurada, a Randoncorp não comenta a aprovação e afirma que já prestou os esclarecimentos em seu fato relevante.