Randoncorp (RAPT4): ação salta 5,7% com contrato de R$ 7 bi com “grande montadora”: quais as projeções para a companhia?

Randoncorp anunciou contrato de fabricação e fornecimento de peças para grande montadora e analistas destacaram visão positiva

Equipe InfoMoney

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A Suspensys, empresa do grupo Randoncorp (RAPT4) informou que irá construir uma nova fábrica em Mogi Guaçu, no Estado de São Paulo, como parte de um novo contrato firmado junto a uma montadora para fornecimento de eixos dianteiros, conforme fato relevante nesta quarta-feira.

A Randoncorp não identificou a contratante, dizendo apenas que é “uma das maiores montadoras de caminhões e ônibus do Brasil”, e que os eixos dianteiros atenderão toda a linha de veículos comerciais da empresa.

A previsão é que a nova fábrica inicie operações no primeiro trimestre de 2025, segundo a Randon, e que o negócio gere receitas adicionais de até R$ 7 bilhões em 10 anos –  prazo de vigência do contrato.

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A empresa não disse no documento o montante a ser investido na nova fábrica.

“Esse movimento fortalece a estratégia de longo prazo da Suspensys, adiciona uma gama de produtos inédita ao seu portfólio e amplia sua presença no mercado OEM (fabricação de peças originais), reforçando sua parceria com uma grande montadora global com atuação no Brasil”, disse a empresa no fato relevante.

Além da nova fábrica, a Randoncorp disse que também vai adquirir ativos da montadora em questão para atender o fornecimento, sem detalhar.

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Em breve análise, o Bradesco BBI apontou esperar uma reação positiva do mercado, já que este novo contrato exigirá que a Suspensys adicione eixos dianteiros ao seu portfólio de produtos. A reação se efetivou, com os ativos fechando com ganhos de 5,73%, a R$ 11,26, nesta quinta-feira (19).

“A dimensão deste contrato e o fato de que irá produzir um novo eixo dianteiro para uma OEM (Original Equipment Manufacturer, ou Fabricante Original do Equipamento em Português) global confirmam a Suspensys como um fornecedor de autopeças de classe mundial”, apontam os analistas.

O acordo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autoridade antitruste brasileira, o que, na visão dos analistas do banco, sugere que a Randon não alterará seu guidance de investimentos para 2023.

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De acordo com as suas estimativas, a Randon poderia alcançar um retorno do projeto acima de 18% (R$, em termos reais), resultando em um valor de R$ 0,20 por ativo RAPT4. O BBI mantém recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para a Randon, com preço-alvo para 2024 de R$ 15,00.

Ao destacar que a expectativa da empresa é que o contrato gere R$ 7 bilhões em receitas adicionais durante 10 anos, a partir do primeiro trimestre de 2025 (1T25), o JPMorgan aponta que o cálculo final implica que este contrato potencial tem um Valor Presente Líquido (VPL) entre R$ 230 milhões e R$ 330 milhões ou entre R$ 0,70 a R$ 1,00 por ação, representando entre 7% e 9% do preço atual das ações da Randoncorp.

“Vemos o anúncio como positivo, já que a gestão da Randoncorp continua em busca de novos caminhos de crescimento fora de seu tradicional segmento doméstico de reboques e caminhões-reboques, que representou  cerca de 37% da receita no 1S23 versus a divisão de Autopeças com cerca de 27%”, avalia. O banco tem recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) para RAPT4, com preço-alvo de R$ 16.

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(com Reuters)

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