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Depois da Ipiranga, controlada pela Ultrapar (UGPA3), chegou a vez da Vibra (VBBR3), negar falta de combustível em seus postos. “Nossos estoques estão nos níveis normais. A gente vem atendendo nossos clientes regulares e nossos clientes contratados de uma maneira absolutamente normal. Nós temos estoque para atendimento aos nossos clientes”, garantiu Ernesto Pousada, CEO da companhia.
Dias atrás, postos relataram falta de diesel. A queda de preço do combustível no trimestre passado afetou os resultados da Vibra.
“Queria ressaltar nossa excelente gestão das variáveis operacionais que estavam sob nosso controle. Acho que tivemos diversos aspectos impactando nosso resultado, dentre eles a redução do diesel ao longo do trimestre (2T23), que impactou o custo de nossos estoques, principalmente com a importação do diesel russo”, disse o CEO na abertura da teleconferência com analista para comentar os resultados do segundo trimestre, com queda de 81% do lucro líquido.
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Pousada relatou que além do diesel, a redução do preço da gasolina e outros produtos, afetaram o Ebitda. “A companhia não deixou de gerar caixa, seguimos reduzindo nossa dívida, então não é um problema estrutural”, ressaltou.
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Longe do diesel russo no 2T23
“A Vibra não importou o diesel russo (no 2T23) e mesmo assim conseguimos gerar resultado através de uma gestão bastante eficiente”, complementou.
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“Estamos partindo para uma recuperação da margem Ebitda versus primeiro tri (do ano), mesmo com esse impacto relevante no inventário (estoque) e comercialização de diesel russo pela concorrência”, afirmou.
Pousada explicou que no 2T22 houve uma alta expressiva dos preços do combustível, especialmente do diesel, por conta do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, e, de lá pra cá, especialmente no 2T23, a empresa viu uma queda muito relevante nos preços, o que impactou a valorização dos estoques e, por sua vez, nos resultados do Ebitda.
Sem comentários à política da Petrobas
Com teleconferência aberta, logo após a Petrobras (PETR4) anunciar a elevação dos preços da gasolina em 16% e do diesel em 26%, a partir desta quarta-feira (16), os executivos da Vibra evitaram comentar sobre os reajustes da estatal.
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“Independente da política de preços da Petrobras, nós temos feito nosso trabalho e nós vamos avançando gradualmente em nossas margens”, disse o executivo. Mais à frente, na teleconferência, ele destacou que o aumento de preço promovido pela estatal “dá competividade às importações”.
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Perto do diesel russo
Ainda sobre o diesel russo, a Vibra informou na teleconferência que passou a considerar a sua compra, depois de relutar à medida. “Apesar de neste momento ele não estar disponível (para venda no Brasil) pelo price gap (diferença de preço), a gente passou a incluir o diesel russo entre nossas alternativas de sourcing (abastecimento)”, destacou.
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“A gente investiu bastante nosso tempo para assegurar que tinha sob controle todos os processos para fazer essa operação de forma controlada”, disse ele, se referindo à importação do combustível russo, já que ele é um dos produtos sob sanção na Europa e nos Estados Unidos, por conta do conflito Rússia-Ucrânia e exige aval do compliance (conformidades) da distribuidora para aquisição.
Volatilidade deve seguir
Analistas apontaram perdas da companhia no 2T23 com redução de preço de combustível promovida pela Petrobras na ocasião, além do excesso de oferta do diesel russo. Apesar de a volatilidade continuar, o Itaú BBA vê a empresa focada nas margens e obtenção de ganhos no médio e longo prazo.
As ações da companhia operavam com alta 6% neste pregão, cotadas a R$ 17,36, após balanço e anúncio de reajuste de preços dos combustíveis por parte da Petrobras (PETR4).
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