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As ações da CVC (CVCB3) registram ganhos de quase 25% em junho e de 33% nos últimos três meses, mostrando forte recuperação, mas ainda não o suficiente para mudança das perspectivas.
Isso porque, olhando para os últimos 12 meses, as ações da companhia ainda registram uma desvalorização de 56,3%. Nesta terça-feira (20), os papéis da operadora de turismo recuaram 1,87%, cotados a R$ 4,19.
A recente valorização está relacionada ao anúncio do novo CEO, no início deste mês, assim como pelo aporte de R$ 75 milhões do fundador da companhia em uma potencial oferta de ações, que pode movimentar R$ 683 milhões.
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Dito isso, confira quais são as perspectivas para as ações da CVC, com base na análise técnica de grafistas consultados pelo InfoMoney.
Análise técnica: CVCB3
Para Matheus Lima, analista técnico da Top Gain, as ações de CVC, após terem sofrido uma forte desvalorização, desde meados do ano passado [como se vê no gráfico abaixo], conseguiram formar uma figura gráfica chamada “ombro-cabeça-ombro invertido (OCOI)”.
Essa figura, formada entre os meses de abril e maio deste, é um dos padrões gráficos mais comuns de reversão de tendência, e teve seu alvo principal atingido nos R$ 4,35.
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Gráfico diário CVCB3: junho/22 a junho/23
Assim, para o curto prazo, diz Lima, após testar a resistência dos R$ 4,80, em junho deste ano, as ações tiveram uma correção até o suporte dos R$ 3,96, “ponto importante que não foi perdido”.
“Mantendo-se acima desse suporte, as ações poderão voltar a testar a resistência dos R$ 4,80 e, havendo rompimento desse patamar de preço, poderemos buscar o próximo ponto, nos R$ 5,20.”
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CVCB3: Rompendo resistências
Para ele, caso haja o rompimento das resistências citadas acima, há projeção para buscar a região dos R$ 5,99 e R$ 6,45. Esta última região é de extrema relevância, aponta, “pois foi o suporte de uma lateralização [veja no gráfico acima] ocorrida entre julho e outubro de 2022″ – ingressando dentro do princípio da bipolaridade, quando um suporte rompido se torna uma resistência.
Dessa forma, diz Lima, os próximos pontos de resistência ficam em R$ 7,65 e R$ 8,54 (região da resistência da consolidação citada acima) e mais acima em R$ 9,88.
Caso as ações voltem a ser negociadas abaixo dos R$ 3,96, elas poderão buscar as próximas regiões de suporte, em R$ 3,41 e, mais abaixo, em R$ 2,52.
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Alta acelerada
Enquanto isso, a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, destaca que, no curtíssimo prazo, as ações de CVC aceleraram o movimento de alta, depois do rompimento do topo anterior, em R$ 3,35, “mas ainda não formaram um fundo mais alto do que o anterior, para confirmar uma reversão da tendência de baixa”.
Para ela, os pontos de atenção para o preço do ativos estão em R$ 5,10 e R$ 6,40, como resistências, e em R$ 3,35 e R$ 2,75, como suportes.
Gráfico diário CVCB3: setembro/22 a junho/23
O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, por sua vez, aponta que, no curto prazo, o ativo vem dentro de uma tendência de baixa, “mas ofereceu oportunidade compradora após testar a região de suporte em R$ 2,50.”
Conforme ele, as médias vêm sendo utilizadas como suporte móvel para o preço, mas a 200 dias tem servindo como resistência. Dessa maneira, “o preço vem enfrentando dificuldade e demonstra estar consolidando”.
“Para que o papel consiga reverter essa tendência, acreditamos que CVC tenha que limpar a média de longo prazo para ganhar mais força na compra, com isso o ativo também já trabalharia para um possivelmente rompimento da LTB (linha de tendência de baixa), que iniciou em 29/06/2021, e está localizado em R$ 5,20, mesma região da média de longo prazo”, aponta.
Gráfico diário CVCB3: agosto/22 a junho/23
Schrepel reforça que, ultrapassando os R$ 5,20, a projeção de alvo do ativo ficaria em R$ 6,30, com um possível upside de 21%. Do lado inverso, o ativo conta com os suportes em R$ 4,00 (1), R$ 3,40 (2) e R$ 2,50 (3).
“Enquanto o papel estiver consolidando acima do suporte, em R$ 4,00, gera uma expectativa maior para que ocorra uma possível reversão de tendência; caso contrário, perdendo o suporte mencionado, a probabilidade de o papel retornar para R$ 2,50 pode ser considerada”, avalia.
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CVCB3: Médio prazo
Sobre o médio prazo, Lima pontua que as ações estão em tendência de baixa, com topos descendentes [veja gráfico abaixo], partindo de seu topo histórico, em R$ 54,75, e chegando até a mínima histórica, em R$ 2,52.
No entanto, após o fundo na mínima, dos R$ 2,52, as ações ganharam fôlego e romperam uma das frequências de LTB, sinalizando um início de movimento de alta.
“Para que isso aconteça, as ações precisam continuar sendo negociadas acima dos R$ 4,38, fundo de março de 2020, abrindo espaço para buscar os próximos topos anteriores em R$ 8,54 (ponto importante), R$ 11,27 e, mais acima, R$ 17,97. Caso as negociações fiquem abaixo dos R$ 4,38, podemos voltar a mínima dos R$ 2,52“, conclui.
Gráfico semanal CVCB3: fevereiro/19 a junho/23
- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
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Olhando para o médio prazo, Pam entende que as ações de CVC ainda estão em tendência de baixa, trabalhando abaixo da LTB, que começou em Junho de 2021.
“Para confirmar um novo movimento de baixa, precisaria romper o fundo anterior, de R$ 2,75, porém, nos últimos dias, houve um forte movimento de alta, com a ação já se aproximando da região de resistência, em R$ 5,10“, pontua ela.
Gráfico semanal CVCB3: novembro/19 a junho/23
Schrepel analisa, em relação ao médio prazo, usando como referência o gráfico semanal [logo abaixo], que é possível observar a dificuldade que o preço vem enfrentando para romper a LTB.
“Com isso, também podemos considerar que, no médio prazo, CVC está em tendência de baixa. Acreditamos em uma reversão no rompimento dos R$ 5,20. Assim, acionária o primeiro pivô de alta do semanal”, conclui.
Gráfico semanal CVCB3: julho/20 a junho/23
CVCB3: Longo prazo
Por fim, em uma visão de longo prazo, Lima, entende que as ações continuam em tendência de baixa, “precisando romper a LTB e os topos anteriores para que possa iniciar um movimento de alta”.
O analista aponta como pontos de resistência os preços de R$ 17,97 e R$ 29,13, enquanto o suporte encontra-se em R$ 2,52 – mínima histórica do ativo.
Gráfico mensal CVCB3: 2014 a 2023
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