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As demandas sociais, ampliadas com os efeitos da pandemia, exigem que os governos da América Latina priorizem gastos e avancem na consolidação fiscal, de modo a reduzirem o custo de suas dívidas com maior controle da inflação. A avaliação foi feita nesta sexta-feira, 26, pelo ex-presidente do Banco Central (BC) Alexandre Tombini, durante painel de um fórum do Georgetown Americas Institute, que tratou dos desafios fiscais e monetários na região.
Após uma apresentação das lições trazidas pelas crises dos últimos 60 anos, Tombini, que hoje é o representante-chefe do escritório do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para as Américas, comentou que a capacidade de controlar a inflação nos países latino-americanos depende em grande medida, especialmente na conjuntura atual, da solidez fiscal.
“A sociedade aprendeu a desfrutar da estabilidade macroeconômica, principalmente de inflação baixa e estável, e dificilmente estará disposta a perder isso”, disse Tombini. “Mas essa estabilidade não pode ser dada, até agora, como conquistada”, acrescentou.
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Segundo o ex-presidente do BC, a responsabilidade com as contas públicas, ainda que seja difícil pelas fortes demandas sociais e necessidade de redução da pobreza e desigualdade social na América Latina, não pode ser evitada tampouco adiada por muito tempo. “As sociedades precisam buscar priorizar gastos e gerar, ao mesmo tempo, uma política fiscal que seja sustentável e crível porque isso reduziria custos de financiamento das economias”, observou o representante do BIS.
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