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A Ambev (ABEV3) registrou lucro ajustado de R$ 3,0858 bilhões no segundo trimestre de 2022 (2T22), crescimento de 4,2% em relação aos R$ 2,9627 bilhões no 2T21, informou a companhia nesta quinta-feira (28). O desempenho, segundo a companhia de bebidas, foi impulsionado pelo crescimento do lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), parcialmente compensado por maiores despesas financeiras.
De forma geral, os times de research do Bradesco BBI, Credit Suisse e da XP consideraram os números da Ambev como fortes e esperam uma mudança na percepção dos investidores quanto aos papéis da cervejaria.
As ações, contudo, tiveram um início de sessão de volatilidade, alternando entre perdas e ganhos, mas fechando no campo positivo, com alta de 0,80%, a R$ 15,10. No mês, acumulam valorização de cerca de 12%.
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Apesar do macro ainda desafiador, analistas da XP enxergam os resultados do 2T22 da AmBev “como chave para uma mudança positiva nas percepções de curto/médio prazo, já que os preços das commodities estão com tendência de queda e devem descomprimir as margens sequencialmente, permitindo uma recuperação já esperada, a qual acreditam que possa ser acelerada pelo BEEs”.
Nesse sentido, o time de análise do Bradesco BBI destaca que a tendência de queda nos preços das commodities sugere que a pressão de custos diminuirá gradualmente, fator que vem pressionando a margem nos últimos trimestres – analistas projetam margem Ebitda (Ebitda sobre receita) de 37% para 2024, significativamente superior ao consenso de 31%.
Para a equipe do Bradesco BBI, os números relatados nesta manhã devem contribuir para elevar ainda mais o sentimento dos investidores em relação à ação nos próximos meses, uma vez que ganhos contínuos de participação de mercado mostram que a empresa está executando com sucesso sua estratégia de crescimento com a nova gestão desde 2019.
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Segundo o Credit Suisse, mais uma vez a Ambev (ABEV3) apresentou resultados excelentes mesmo diante de uma dinâmica de consumo mais fraca. A execução de vendas de alto nível da AmBev levou os volumes de cerveja do Brasil a crescer, ganhando participação de mercado e superando as expectativas de venda e compra de crescimento de baixo a médio dígito.
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Em termos de rentabilidade, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 4,6 bilhões veio ligeiramente acima da expectativa do mercado e do BBI de R$ 4,5 bilhões, enquanto o principal destaque positivo foi o aumento de 8,5% na base anual nos volumes de cerveja brasileira, que está acima da expectativa do mercado de crescimento entre 4% e 5%.
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Segundo BBI, o volume acima do esperado provavelmente se deve ao fato de a empresa continuar a executar bem sua estratégia de crescimento (por exemplo, através de inovações) e aproveitar um ambiente competitivo favorável que provavelmente continuará (por exemplo, a Heineken pode enfrentar restrições de capacidade até meados de 2024, quando deverá abrir uma nova planta e, portanto, está focado em aumentar os preços).
O Credit Suisse destaca os fatores que contribuíram para o crescimento das vendas líquidas como o aumento de preço, bem como o portfólio com maiores valores.
Por outro lado, o conhecido custo de insumos e as pressões inflacionárias levaram a uma diluição da margem Ebitda de 540 ponto-base na comparação anual, para 32,5%, apesar do crescimento de 5,4% do Ebitda na base anual.
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Analistas do Itaú BBA ressaltam que os preços das commodities continuam pressionando os custos enquanto os preços do diesel impactaram as despesas gerais e administrativas, pesando na rentabilidade da empresa.
O Credit Suisse mantém recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para Ambev, e preço-alvo de R$ 16,50, ou potencial de valorização de 10,1% frente o fechamento da véspera. A XP também reiterou sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,80, o que representa upside de 25,8% em relação ao fechamento da véspera.
O Bradesco BBI compartilha do mesmo otimismo que XP e Credit. Dessa forma, mantém recomendação outperform e o preço-alvo de R$ 21, um potencial de alta de 40,2% frente ao fechamento de ontem.
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Após considerar o balanço da Ambev ligeiramente positivo, o Itaú BBA mantém classificação market perform (equivalente à neutro), com preço-alvo de R$ 18.
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