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Empossado como novo presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), José Mauro Coelho afirmou nesta quinta-feira (14), em discurso, que “a prática de preços de mercado é condição necessária para a criação de um ambiente competitivo”.
Dessa forma, segundo ele, será possível “a atração de investimentos e a expansão da infraestrutura para garantir o abastecimento”. Coelho afirmou há “grandes desafios” para garantir abastecimento.
“Embora sejamos autossuficientes e exportadores de petróleo, somos importadores de vários combustíveis, o que impõe aos agentes de mercado e ao governo federal grandes desafios para a garantia ao abastecimento.”
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Mesmo defendendo a prática de preços de mercado (quando o valor dos combustíveis oscilam conforme a paridade do barril de petróleo no mercado internacional), ele ponderou que companhia tem “responsabilidade social”.
Segundo ele, isso será buscada por meio de investimentos em projetos socioambientais e em programas de direitos humanos.
Gestão da Petrobras
No discurso, Coelho exaltou o atual modelo de gestão da companhia implementado a partir de 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer, e mantido no mandato de Jair Bolsonaro, desde 2019.
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Ele ressaltou que em 2014 a dívida bruta da companhia era de cerca de US$ 160 bilhões, “uma das maiores do mundo corporativo”. “Hoje a dívida é de menos de US$ 60 bilhões e a menor dívida abre espaço para novos investimentos”, lembrou.
Conforme o executivo, sua intenção é aperfeiçoar a comunicação, como forma de reforçar “a importância que a Petrobras tem para o povo brasileiro”.
Adicionalmente, Coelho afirmou que, em sua gestão, companhia terá uma maior interação com o Congresso e com o Executivo.
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Desinvestimentos
O novo presidente da Petrobras ressaltou ainda que os desinvestimentos em campos maduros continuarão, defendendo o foco da companhia em extração e produção em águas profundas e ultraprofundas.
“A bacia de Campos permanece estratégica à Petrobras e continuaremos buscando reservas que fazem sentido para a visão de futuro da companhia. Destaque para as bacias de Sergipe e Alagoas, de água profundas”, disse.
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“Nos dedicaremos para reduzir os custos de extração, melhorando nossa competitividade”, acrescentou.
Mais produção
No discurso, destacou que a companhia irá aumentar sua produção em 500 mil barris ou equivalentes por dia até 2027 e que este feito só foi possível por modelo de gestão imposto a partir de 2017, que focou em exploração, deixando outros braços de lado.
“Isso permitiu que vultuosos investimentos fossem realizados na região do pré-sal, com consequente aumento na produção de petróleo e gás natural”, comentou.
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“Continuaremos maximizando o valor do nosso portfólio com foco em ativos de águas profundas e ultraprofundas”.
Sem desvios de rota
Em relatório a clientes distribuído após a posse, o Morgan Stanley escreveu que não vê “grandes desvios” em relação ao atual plano estratégico da Petrobras.
Conforme o documento, o novo CEO enfatizou que a empresa continuará focada em projetos de exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, seguindo com desinvestimentos em campos maduros e em projetos de refino.
“Coelho mencionou também que os preços de mercado são necessários para permitir investimentos e garantir o fornecimento de produtos finais aos consumidores’, destacou o Morgan.
Porém, pondera o relatório, “permanecemos à margem das ações da Petrobras, pois achamos que o ruído relacionado à política e ao próximo ciclo eleitoral importará mais do que os fundamentos neste momento”.
A recomendação do Morgan Stanley é de equal-weight (desempenho em linha com a média de mercado), com preço-alvo das ADRs de US$ 14,00.
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