Denúncia de irregularidades no Fies: a “ponta do iceberg” de Kroton e Estácio?

Corrida para criar a "gigante de educação" (com a fusão de Kroton e Estácio), representou um acréscimo de risco e não o contrário: o mercado exagerou nesse otimismo e essas ações agora podem sofrer na Bolsa, disse Adeodato Volpi Netto  

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Comprar ou Vender, programa semanal da InfoMoneyTV, exibiu nesta terça-feira (24) a 3ª edição do “Especial Setores 2017”, com análises das ações das educacionais (Kroton, Estácio, Ser Educacional e Anima) e de alimentos (Marfrig, Minerva, BRF e JBS).

Os convidados desta edição foram Adeodato Volpi Netto, estrategista-chefe da Eleven Financial, e Raul Grego Lemos, analista da Eleven Financial.

No primeiro bloco, Adeodato comentou sobre o cenário para o setor de educação, em meio às polêmicas envolvendo o Fies (programa de financiamento estudantil). Já no segundo bloco, os dois especialistas falaram sobre as ações de alimentos. Para eles, as grandes apostas de 2017 são as ações da BRF e Minerva, enquanto JBS ainda tem uma jornada difícil pela frente e Marfrig segue sem catalisadores para ganhos no curto e médio prazo. 

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Confira abaixo o programa desta terça-feira:

BLOCO 1: Fraudes no Fies: a “ponta do iceberg” de Kroton e Estácio?

BLOCO 2: As duas apostas no setor de alimentos para 2017 e a jornada difícil da JBS

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Confira abaixo um “resumão” do programa desta terça:

No primeiro bloco, Adeodato comentou sobre o setor de educação. Para ele, o otimismo gerado em torno de Kroton e Estácio foi exagerado e essas ações podem sofrer na Bolsa. “A Kroton sempre cresceu em cima da promessa de ‘crescer ainda mais’ e sempre acreditamos que essa disputa que ocorreu no ano passado para ver quem ia criar a gigante do setor de educação representava um acréscimo de risco e não o contrário”, comentou Adeodato, que recomenda aos seus clientes para ficarem longe das ações de Kroton e Estácio. 

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Para ele, não seria uma surpresa se o Ministério da Educação agisse para, de alguma maneira, quebrar essa espécie de oligopólio que esse gigante da educação teria na área de ensino à distância. “Se isso ocorrer, pode mudar substancialmente esse projeto. Acho que essa integração entre Kroton e Estácio não é tão boa assim como o mercado precificou e não seja tão simples assim”, comentou Adeodato.

A aposta, para ele, no setor de educação está em uma empresa de porte bem menor, quando comparado à dupla Kroton e Estácio. “A nossa escolha está nas ações da Anima”, disse. 

Já no segundo bloco, os especialistas Adeodato e Raul comentaram que têm preferência no setor de alimentos para BRF e Minerva, que eles enxergam um potencial de valorização de cerca de 30%.

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Para Marfrig, Adeodato comentou que não vê outro motivo para o papel ter subido nos últimos meses além das compras de ações do próprio controlador, enquanto sobre JBS ele vê ainda uma jornada difícil pela frente. “Se o investidor brasileiro, que é menos experiente que o americano, entendeu que a tese de investimentos em JBS é frágil, por não conseguir extrair resultado da sua atividade principal, pensa como será nos Estados Unidos (tendo em vista o IPO da sua subsidiária JBS Foods International na Bolsa de Nova York)”, comentou

Confira abaixo os temas das próximas edições:

31/01 – Papel e celulose + Vale e siderúrgicas

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07/02 – As ações “super caras” da Bolsa + concessões e infraestrutura

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