Publicidade
(SÃO PAULO) – Com a crescente expectativa de que o Banco Central baixe os juros, uma das perguntas que mais tem sido enviadas pelos leitores ao InfoMoney é: “será que não chegou a hora de começar a comprar títulos de renda fixa prefixados?”.
Minha opinião pessoal é que sim, ainda que eu ache importante ter diversificação também na renda fixa, possuindo os três tipos na carteira.
Mas o ponto de partida para a tomada dessa decisão não deve ser uma tentativa de adivinhação sobre qual título apresentará os maiores ganhos nos próximos meses ou anos – até porque nem os diretores do BC já sabem para onde vão os juros.
Newsletter
Liga de FIIs
Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
O primeiro passo é avaliar qual é a rentabilidade esperada de cada título com as condições atuais do mercado. Então quer saber, por exemplo, se é melhor um CDB que paga 117% do CDI, outro que rende IPCA + 8% ou então um prefixado com taxa de 15,1% ao ano? Calcule com as condições atuais!
A planilha gratuita que desenvolvemos serve exatamente para ajudar você a fazer esses cálculos – clique aqui para baixá-la.
Para quem ainda é pouco familiarizado com a renda fixa, acho importante dar um passo atrás e entender a diferença entre os três tipos de remuneração de títulos de renda fixa.
Continua depois da publicidade
Vou exemplificar usando o CDB porque esse é o investimento de renda fixa mais popular entre os brasileiros depois da caderneta de poupança, mas as conclusões da planilha também valem para Tesouro Direto, letras de câmbio, etc.
O CDB mais comum é o pós-fixado, que paga um percentual do CDI – por exemplo, 117% do CDI. O CDI é a principal referência para investimentos em renda fixa no Brasil e seu cálculo corresponde à média das taxas praticadas para empréstimos entre bancos com prazo de um dia. Hoje o CDI é equivalente a 13,64% ao ano.
O segundo tipo de rentabilidade é a prefixada. Então um CDB pode pagar, por exemplo, 15,1% ao ano. Por último, há os títulos que pagam juros reais, ou seja, IPCA mais uma taxa de juros de, por exemplo, 8% ao ano. Mas qual desses papéis seria o mais rentável?
Continua depois da publicidade
A forma mais simples de descobrir essa informação é transformar todas as taxas em prefixadas, de forma que elas se tornem comparáveis. Mas como transformo uma taxa de 117% do CDI em prefixada? Isso é muito mais simples com a planilha.
Em primeiro lugar, é importante entender que não basta multiplicar o CDI atual de 13,64% por 1,17 (ou 117%). O CDI é uma taxa de um dia anualizada que não é linear. As taxas de um dia vão aumentando ou diminuindo ao longo tempo, de acordo com a expectativa para as próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central).
Os contratos de DI negociados na BM&F representam as expectativas de juros futuros de cada dia somadas até a data de vencimento.
Continua depois da publicidade
Num exemplo apenas para fins didáticos, o mercado percebe que hoje o DI é de 13,64% ao ano, sobe para 14,14% após a próxima reunião do Copom, se mantém elevado por seis meses e depois começa a cair. O somatório de todos os pontos dessa curva de juros vão gerar uma média, que será o valor dos juros negociados no contrato de DI.
Então num exemplo prático, o contrato de juros DI com vencimento em janeiro de 2016 pagava, no momento em que esse texto foi escrito, 14,03% ao ano, o que indica que o mercado espera que a Selic suba em relação ao atual patamar de 13,75% ao ano. Para saber como encontrar os juros atuais negociados na BM&F, basta seguir as instruções da planilha.
O segundo passo é também transformar em prefixada a taxa do CDB que paga juros reais. Para saber qual é a taxa prefixada que corresponde a IPCA + 8% ao ano, basta descobrir qual é o IPCA esperado para os próximos 12 meses.
Continua depois da publicidade
CDB pós-fixado com retorno de 117% do CDI e vencimento em 2 anos | 13,11% |
CDB prefixado com retorno de 15,1% e vencimento em 2 anos | 12,96% |
CDB com retorno de IPCA + 8% ao ano e vencimento em 2 anos | 12,29% |
Na planilha você também descobre onde achar essa informação e, então, já terá tudo que precisa para comprar um CDB que rende 117% do CDI, um que paga IPCA + 8% e um terceiro com taxa prefixada de 15,1% porque as três taxas já serão prefixadas e líquidas de Imposto de Renda.
Essas taxas podem ser consultadas na tabela abaixo e consideram CDB com prazo de vencimento de dois anos – para Tesouro Direto seria ainda necessário descontar as taxas da corretora e da BM&FBovespa.
Para fazer as contas considerando quaisquer outras taxas de juros ou prazos de vencimento, basta clicar aqui e fazer o download da planilha.
Continua depois da publicidade
Invista em CDBs com a ajuda da melhor assessoria do Brasil: abra uma conta gratuita na XP!