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No Coffee & Stocks desta terça-feira conversamos com o Rodrigo Heilberg, da HIX Capital, sobre a Light (LIGT3). O gestor explicou como o processo de turnaround que a elétrica vem passando, baseado principalmente em mudanças no controle acionário e na gestão, vem fazendo a companhia muito mais eficiente, o que pode se refletir em ganhos para o papel de 50% a 70%. Abaixo, os principais pontos da conversa.
Os três problemas da Light
A Light tinha três problemas fundamentais que nos afastavam dela:
- Área de concessão de distribuição: muito exposta a perdas, com ação do tráfico e milícias. A Light está na região metropolitana do Rio de Janeiro e no interior do Estado, na região do Vale do Paraíba.
- Cultura de estatal: a companhia tinha uma estrutura extremamente hierarquizada e engessada, o que a tornava ineficiente. A gestão era sub-ótima.
- Dívidas: a companhia operava muito alavancada.
Mudanças de cima para baixo
A decisão da Cemig de deixar a empresa, tomada em 2017, possibilitou um profundo processo de turnaround, ainda em andamento. As mudanças começam pelo grupo de controle da empresa. Com a chegada de Ronaldo Cézar Coelho, dono de mais de 20% das ações, a empresa faz mudanças no comando, trazendo Firmino Sampaio para o Conselho de Administração. Sampaio é um dos responsáveis pela performance da Equatorial, uma das mais queridas na Faria Lima e Leblon. Ele trouxe consigo Nonato Castro, que se tornou CEO da companhia.
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Oferta de ações e upside
O problema da alavancagem vem sendo resolvido desde o follow-on que a companhia fez em janeiro, dando fôlego para futuros investimentos.
Resumindo o case, o investimento da HIX em LIGT3 é uma tese de turnaround, baseado na formação de uma equipe competente pronta para tornar a empresa mais eficiente e lucrativa. A Light representa hoje cerca de 10% da carteira da HIX, que espera um upside entre 50% e 70%. LIGT3 fechou ontem a R$ 21,12, 5,6% acima do valor do follow-on.