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SÃO PAULO – O debate promovido pelo SBT, Folha e UOL na noite da última quarta-feira trouxe o candidato do PT, Fernando Haddad, como o alvo da “pancadaria” da maior parte dos candidatos, incluindo Ciro Gomes, que recentemente foi ultrapassado pelo petista nas pesquisas eleitorais.
Contudo, aponta William Waack, as piores pancadas dadas no PT e no candidato petista não foram dadas por Ciro ou por Geraldo Alckmin (PSDB), como muitos esperariam, mas sim por Alvaro Dias (PODE) e Marina Silva (Rede). Alvaro Dias, por sinal, falou em impedir a volta de uma organização criminosa. Enquanto isso, Ciro também resolveu dar pancada para os dois lados, ao afirmar que “o PT criou uma aberração chamada Bolsonaro”.
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Porém, “saindo da espuma” quais foram as principais táticas evidenciadas no debate?
Waack aponta que essas táticas ficaram razoavelmente claras, por incrível que pareça, na parte das considerações finais do debate.
No caso de Ciro, o pedetista claramente se coloca como alternativa do que ele coloca como dois lados da polarização – PT X PSL. “Eu ganho do [Jair] Bolsonaro, mas primeiro você precisa me por no segundo turno”, afirma.
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Já Haddad não criticou ninguém, falou de emprego e educação. Mas o mais importante, foi o que ele não citou no final: o nome do ex-presidente Lula, afirma o jornalista.
Enquanto isso, Alckmin está em uma situação mais complicada. “Ele está mal nas pesquisas, sua candidatura está fazendo água, se ele não se recuperar muito forte, o que muito pouca gente acredita, dentro de 3 ou 4 dias, tchau”, aponta Waack. O tucano usou o discurso de que ele não quer a volta do PT e, sem citar o nome do Bolsonaro, não quer aquilo que chama de um “candidato da discriminação”.
Já Bolsonaro “o grande ausente”, acabou sendo beneficiado no fundo pois não foi alvo. Enquanto isso, o seu principal adversário no momento a julgar pelas pesquisas, Haddad, foi o que mais apanhou no debate.
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Com base nisso tudo, Waack ressalta: na televisão, os candidatos ainda falam de uma forma mais cordata. Contudo, nas ruas, as campanhas estão mais fortes, agressivas, o que diz muito sobre essa fase decisiva de uma eleição inédita para o Brasil.
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