William Waack: a onda antipetista se formou com tudo – e Bolsonaro foi o grande beneficiado

Enquanto isso, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin tropeçaram em suas estratégias, destaca o jornalista em comentário

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A onda antipetismo está crescendo – e ela se revela nos últimos números das pesquisas mostrando o fortalecimento de Jair Bolsonaro. Por que essa tendência está se formando? 

Em primeira lugar, destaca William Waack em seu comentário, não houve efeito das manifestações do #elenão contra Bolsonaro. “A percepção do público em relação a esse movimento é de que ele era associado à esquerda, ao PT. Da mesma maneira, é o antipetismo que ajuda a entender como o eleitorado relevou algumas bobagens extraordinárias feitas por integrantes da campanha nos últimos dias e que, em em tempos normais, gerariam dano. Porém, o público mobilizado pelo antipetismo releva até mesma bobagens”, avalia o jornalista, citando as turbulências na campanha principalmente em relação às falas de Hamilton Mourão, vice na chapa do candidato. 

Gostou da análise? Receba a Newsletter de William Waack todos os dias no seu e-mail

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

De acordo com William Waack, outra explicação que a onda antipetista fornece é sobre o fracasso da candidatura Ciro Gomes. “O público não o entende – embora ele tenha se esforçado -, como um candidato anti-PT suficientemente antipetista. Ao contrário, boa parte do eleitorado encara o Ciro como uma força que eventualmente seria aliada ao PT e ao petismo”, avalia. 

Além disso, esse movimento pode explicar o rápido aumento da rejeição do Fernando Haddad. Haddad não se fixou como alguém com personalidade própria, mas como um preposto de alguém, avalia o jornalista. É óbvio que Lula tem uma grande popularidade e estamos constatando a transferência de milhões de votos, mas há um limite. “Porém, pelo fato de Haddad se apresentar como uma espécie de porta-voz o impacto no público não tem sido positivo. Ele aparece como alguém sem personalidade própria, o eleitorado sente isso e o rejeita”, avalia. 

Vale destacar que, nesta semana, o juiz Sergio Moro levantou parte do sigilo da delação de Antonio Palocci, com um conteúdo devastador, ainda que não surpreendente, o que ajudou a intensificar essa onda de antipetismo e de um pensamento em boa parte da população de que é necessário que esse grupo não volte ao poder, não importa como.

Continua depois da publicidade

Neste sentido, afirma Waack, houve uma falta de leitura tanto do PSDB quanto do candidato do seu partido, Geraldo Alckmin. “Ele nunca foi encarado como um verdadeiro adversário do PT, sobretudo pelo fato do PSDB ser carimbado com o título ‘é parecido com o PT e que, no fundo nunca foi oposição ao PT'”. É o que explica o fato da candidatura ter fracassado, mesmo com tantos recursos tradicionais, como tempo de TV e dinheiro. Confira o comentário completo no vídeo acima. 

Quer investir com corretagem ZERO na Bolsa? Clique aqui e abra agora sua conta na Clear!

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.