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Três projetos importantes ficaram pendentes de votação na última sessão deliberativa do ano e vão iniciar 2017 tramitando na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Um deles é o Projeto de Lei do Senado (PLS), do senador Renan Calheiros, que define os crimes de abuso de autoridade. Depois de requerimentos dos senadores Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Álvaro Dias (PV-PR), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) determinarem a derrubada do regime de urgência, Renan enviou seu projeto de lei para a Comissão de Justiça.
Antes de chegar ao Plenário do Senado, o PLS 280/2016 havia recebido, inicialmente, substitutivo do senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator junto à Comissão da Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação da Constituição (CECR). Em seguida, Jucá foi substituído na relatoria pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), que já promoveu ajustes no substitutivo.
O PLS 280/2016 recebeu, até agora, 26 emendas, sendo duas no âmbito da CECR e 24 em Plenário. Requião já havia se manifestado sobre as emendas 1 a 21, das quais nove foram aproveitadas em seu substitutivo. Ainda restam três emendas sem parecer. A CCJ ainda não designou relator para a proposta, que aumenta a pena para o crime de abuso de autoridade, cometido por servidores públicos, membros do Ministério Público e dos Poderes Judiciário e Legislativo da União, de estados, do Distrito Federal e dos municípios.
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Reforma política e jogos de azar
Também tomou o rumo da CCJ a proposta de emenda à Constituição (PEC 113A/2015) que trata da reforma política. Quem solicitou o reexame da comissão foi o relator, senador Valadares. A proposta prevê o fim da reeleição para cargos no Poder Executivo e a criação de uma cláusula de barreira que limita o acesso ao fundo partidário.
Valadares justificou o retorno da PEC 113A/2015 à Comissão de Justiça pela falta de consenso justamente em torno da reeleição. Segundo explicou, a maioria dos senadores é favorável ao fim da reeleição, mas defende sua substituição por um tempo maior de mandato para os cargos de prefeito, governador e presidente da República.
Trajeto idêntico foi seguido pelo PLS 186/2014, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que amplia a possibilidade de legalização de jogos de azar no país. O retorno da proposta à CCJ foi possível com a aprovação de requerimento do senador Magno Malta (PR-ES). O PLS 186/2014 define os tipos de jogos de azar a serem explorados; os critérios para autorização; as exigências para os sócios e as regras para distribuição de prêmios e arrecadação de tributos. Assim, cassinos, apostas eletrônicas, bingos e jogo do bicho poderão ser legalizados.
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Remanescentes
Outros projetos submetidos a calendário especial ou regime de urgência de votação no Plenário do Senado, nesse final de ano, não voltarão à CCJ, mesmo pendentes de parecer da comissão. Isso só aconteceria se requerimento específico para esse fim fosse aprovado, como ocorreu para a PEC 113A/2015 e o PLS 186/2014.
Encontram-se nessa circunstância a PEC 111/2015, também de Renan, que proíbe a edição de medidas provisórias que gerem desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos; a PEC 57/2016, que busca reduzir a burocracia em procedimentos fiscais e tributários, especialmente em municípios menores; o PLS 406/2016 – complementar, que pretende simplificar o sistema tributário brasileiro; e a PEC 62/2015, da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que busca acabar com o ‘efeito cascata’ sobre a remuneração de agentes públicos na União, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios.
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