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O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marcio Pochmann, defendeu nesta quinta-feira (16), a necessidade de rever o modelo de trabalho no instituto para que permita uma entrega ainda maior à sociedade, especialmente às camadas menos favorecidas da população.
“Fui informado que, praticamente, a cada dois dias o IBGE torna público os seus trabalhos, as suas diferentes pesquisas, o que é uma demonstração da nossa capacidade de informar a sociedade, de construir subsídios às políticas públicas. Mas nós vamos avançar mais. E esse avançar mais também significa discutir o nosso regime de trabalho. Nós viemos de um período anterior à pandemia em que era um trabalho presencial. E hoje nós estamos em modalidades diferentes nos estados brasileiros, presença híbrida, presença remota, presença física presencial. Precisamos discutir a luz do plano de trabalho. Isso tudo feito de uma forma democrática”, defendeu Pochmann em discurso, durante o evento “1º Encontro Diálogos IBGE 90 Anos”, em Parada de Lucas, na zona norte do Rio de Janeiro.
Pochmann citou que o IBGE é financiado com recursos públicos, através de um regime tributário “extremamente injusto”, sendo, portanto, financiado majoritariamente por trabalhadores de menores rendimentos.
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“Nossos salários, que nos permitem ter uma vida melhor do que muitos brasileiros, é de responsabilidade em grande medida da massa empobrecida do Brasil. E esse é o compromisso que nós possamos melhorar cada vez mais as nossas informações, permitindo que elas cheguem ao João, a Maria, porque são eles os principais atores que permitem também ao IBGE funcionar e ser financiado”, justificou.
As declarações foram dadas por Pochmann no primeiro dia do evento – fechado à imprensa, mas transmitido virtualmente – que definirá 12 diretrizes para a atuação do IBGE nos próximos três anos, até seu 90º aniversário, em 2026, último ano do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A conferência se estende também por esta sexta-feira, 17, com expectativa de reunir mais de 400 pessoas, entre servidores da ativa, aposentados, sindicalistas e colaboradores do IBGE, além de autoridades e representações diplomáticas internacionais, informou o instituto.
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“Fazer sozinho é mais fácil e rápido. Fazer com todos, com muitos, é mais difícil, porém, é mais perene, é mais permanente, e nos leva a os nossos sonhos se realizarem”, discursou Pochmann. “A partir da semana que vem começam diálogos institucionais que serão tratados em cada uma das diretorias”, revelou o presidente do IBGE.
O IBGE informou que Pochmann enviará, ao fim das atividades, um documento com as 12 orientações obtidas no evento para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e às demais autoridades presentes na cerimônia final.
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