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SÃO PAULO – Esta semana segue sendo de más novidades para a presidente Dilma Rousseff. Além da possível delação combinada entre Léo Pinheiro e Marcelo Odebrecht, que comandavam a OAS e a Odebrecht, os olhos do governo também se voltam para a convenção do PMDB no próximo sábado (12).
Conforme destaca o jornal O Estado de S. Paulo, uma ala do PMDB -no caso os diretórios estaduais do PMDB do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e do Mato Grosso do Sul – prepara moção de desembarque do governo na convenção de sábado, com os senadores também dando sinais de que também podem mudar de lado.
Considerada o fiel da balança na condução do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional, a cúpula do partido na Casa já começa a mostrar sinais de divisão, informa o jornal, em meio aos sinais de agravamento da crise política para o governo, fazendo com que eles começassem a rever a posição de apoio, adotada até aqui, pela permanência da petista no cargo. O vice-presidente Michel Temer, que também preside o PMDB, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), têm se aproximado.
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De acordo com o jornal O Globo, o PMDB dá sinais de afastamento da presidente, mas sem perder os cargos que hoje tem. A base peemedebista nos estados se mobiliza para aprovar no próximo sábado uma moção pela independência, enquanto Temer e seus principais aliados devem ficar longe dos holofotes para evitar serem associados aos movimentos contra o governo.
O rompimento, se aprovado, se dará da seguinte forma: a presidente continuará com os peemedebistas que quiser na Esplanada dos Ministérios, mas como “cota pessoal”, e senadores e deputados ficam livres de seguir o governo nas votações no Congresso. Alguns peemedebistas avaliam que essa posição permitiria inclusive que se exigisse mais cargos e nomeações ao Palácio do Planalto.
Este formato de ruptura já teria adesão de 60% dos delegados com direito a voto, que destacam na chamada “Carta de Porto Alegre”, que trata sobre a moção: “temos que desembarcar do governo e construir a unidade em torno do vice-presidente Michel Temer e do partido, para socorrer o Brasil e ajudá-lo a sair do precipício onde se encontra. Isso é incompatível com seguir cegamente um governo que nunca nos ouviu ou respeitou”, diz um trecho da carta. Segundo a Folha de S. Paulo, dez Estados já se declararam favoráveis ao divórcio.
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