Os bolsonaristas golpistas que invadiram prédios dos Três Poderes, neste domingo (8), em Brasília, deixaram um rastro de destruição por onde passaram. Além do mobiliário, como cadeiras e mesas, o grupo danificou obras de arte de valor inestimável e símbolos da República.
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Por meio de imagens obtidas na internet, foi possível verificar que um quadro, do pintor Di Cavalcanti (1897-1976), foi vandalizado com ao menos seis perfurações. Ele ficava numa parede do terceiro andar do Palácio do Planalto.
O Brasão da República, que ficava no prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), também foi retirado do lugar e vandalizado pelos golpistas. As cadeiras dos ministros da Corte foram danificadas e jogadas para fora do prédio. Imagens que também circulam pela internet mostram pessoas sentadas nas poltronas comemorando o ato antidemocrático e fazendo fotos sobre elas.
A porta com a inscrição de Alexandre de Moraes, do armário de togas do ministro, também foi arrancada e virou uma espécie de troféu dos golpistas. Moraes investiga o inquérito das Fake News e, desde então, vem sendo tratado como inimigo número 1 pelos apoiadores de Jair Bolsonaro.
O vitral do Congresso Nacional, concebido pela artista plástica Marianne Peretti (1927-2022), também foi danificado. Imagens da internet mostram que a galeria de fotos dos presidentes da República foi atacada pelos vândalos.
Vitrines, vidraças e janelas dos prédios dos Três Poderes entraram no alvo dos golpistas que pedem intervenção militar no país após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao terceiro mandato presidencial.
Assim que os prédios forem completamente retomados pelas forças de segurança, o governo Lula afirmou que fará a contabilização dos prejuízos, com a responsabilização de todos os envolvidos diretos e indiretos.
Ato golpista
Os golpistas começaram as invasões pelo Congresso Nacional, ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois, quebraram o vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.
Após a depredação no Congresso, invadiram o Palácio do Planalto, onde também subiram a rampa e conseguiram chegar até o terceiro andar, que abriga o gabinete do presidente da República. Em seguida, houve depredação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente Lula, que não estava em Brasília, assinou um decreto de intervenção da segurança pública do DF, válido até 31 de dezembro, para restabelecer a ordem.
O secretário da pasta do DF, Anderson Torres, que está em viagem aos Estados Unidos, foi demitido. As força de segurança pública do DF também serão investigadas por suspeita de facilitação à invasão dos prédios dos Três Poderes.
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