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Partidos das mais diversas tendências políticas divulgaram notas oficiais deixando clara a oposição aos ataques perpetrados por militantes bolsonaristas contra os três Poderes no domingo (8), em Brasília, que resultaram em saques, violência e depredações ao patrimônio público.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, partido ao qual Jair Bolsonaro é filiado, condenou os atos de vandalismo e eximiuo ex-presidente de ter envolvimento nas manifestações.
— Hoje é um dia triste para a nação. Esse movimento em Brasília hoje é uma vergonha para todos nós e não representa nosso partido, não representa Bolsonaro. As forças de segurança têm que fazer sua parte, não apoiamos esses movimentos. Apoiamos movimentos de bem — disse Valdemar em vídeo.
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Outros partidos que fizeram parte da base do governo Bolsonaro também repudiaram a violência na Praça dos Três Poderes. Foi o caso do PP que por meio de nota condenou os “atos criminosos contra a democracia”. A legenda também se definiu “a favor da ordem pública”.
O Republicanos, que também compôs a base do governo Bolsonaro, disse “repudiar qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos, seja ela de direita ou esquerda”.
O Novo, identificado com o liberalismo, também defendeu que “qualquer protesto deve ser pacífico e democrático. E existem caminhos institucionais para transformar a política e a sociedade, sem apelar ao caos e à barbárie”.
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Repúdio
Diversos partidos de centro também repudiaram os ataques golpistas. Para o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), o Estado democrático de direito “sofreu um inadmissível e gravíssimo ataque”. Em nota, chamou os manifestantes de “golpistas” e pediu que a “irresponsabilidade e conspiração contra a democracia não podem ser toleradas”. Bivar disse que o União Brasil condena “a ação terrorista” e cobrará das autoridades a punição de todos os criminosos. “A democracia é inegociável e soberana, e isso jamais deve retroceder no Brasil”, finaliza a nota.
A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), qualificou os atos de domingo em Brasília como “inadmissíveis”. A nota do partido também atesta que o partido acompanhará de perto a apuração dos crimes por parte das autoridades responsáveis.
O Cidadania foi favorável à intervenção no governo do Distrito Federal (GDF). O partido alerta para a repercussão mundial que a tentativa de golpe de Estado teve, só possível, segundo a legenda, devido à “incapacidade, senão desídia, do governador afastado Ibaneis Rocha e do então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres”. O PSDB também defendeu a prisão imediata dos envolvidos na tentativa de golpe.
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Para o MDB, “a turba irracional abandonou os xingamentos nas redes sociais para violentar a nação brasileira”. A Executiva Nacional do partido conclama as classes empresariais e trabalhadoras para que “se unam contra a barbárie”.
Os partidos de esquerda, tanto os da base do governo Lula quanto os que não fazem parte, também foram unânimes em condenar a tentativa de golpe.
O PT postou nota garantindo que “os terroristas não passarão” na tentativa de implantar um regime autoritário no país. Já o PCdoB pede que as investigações se aprofundem sobre os financiadores das ações e movimentos antidemocráticos. E o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, chamou os participantes da invasão às sedes dos três Poderes de “baderneiros”.
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O Psol anunciou que trabalhará pela instauração de CPIs no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do DF para investigar a negligência das autoridades, das forças de segurança e os financiadores dos movimentos golpistas. O Psol entende que Ibaneis Rocha deve ser chamado para depor. O partido também pede o desmonte dos acampamentos golpistas em frente a QGs do Exército país afora.
A Rede Sustentabilidade e o Partido Verde (PV), identificados com a pauta ambiental, também repudiam os ataques à democracia. O PV anunciou que entrará com pedido de impeachment contra Ibaneis Rocha. Para o PV, Ibaneis foi omisso ao não disponibilizar o aparato de segurança pública necessário na repressão a uma tentativa de golpe de Estado.
Pequenos partidos de esquerda também divulgaram notas analisando a tentativa de golpe. Para o PSTU, as inúmeras filmagens realizadas durante a invasão às sedes dos Poderes evidenciam a conivência da PM do Distrito Federal, que, no entender da legenda, “escoltavam os golpistas”. O PSTU também disse entender que a invasão só foi possível devido à conivência das Forças Armadas e do GDF, e criticou a postura “conciliadora” dos ministros da Defesa, José Múcio, e da Justiça, Flávio Dino.
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Já o PCO convocou uma maior mobilização popular, com a participação de sindicatos, organizações de moradia, estudantes e de luta pela terra. Para o partido, “é preciso derrotar o bolsonarismo nas ruas”.
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