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O PDT, partido que teve o ex-ministro Ciro Gomes como candidato à Presidência da República nestas eleições, anunciou, nesta terça-feira (4), apoio unânime ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o segundo turno. A decisão foi tomada em reunião em formato híbrido entre dirigentes da sigla.
Esse é o primeiro apoio de partido que Lula recebe no segundo turno. Ontem, o ex-ministro Roberto Freire, presidente do Cidadania, declarou apoio ao petista. A federação PSDB-Cidadania, que apoiou a senadora Simone Tebet (MDB) no primeiro turno, ainda não decidiu qual caminho adotará.
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Em entrevista à imprensa após a reunião, Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, ressaltou que a decisão de apoiar Lula foi unânime e que Ciro Gomes “endossa integralmente” a posição do partido. “O Ciro não viajará, ficará aqui no Brasil, e já declarou apoio ao partido”, disse.
“Derrotar Bolsonaro é uma causa nacional, uma causa da pátria, uma causa dos democratas”, afirmou. “Bolsonaro, na nossa opinião, representa o atraso do atraso do atraso desse país, um aspirante a ditador, malversador do dinheiro público, um homem da falsa fé cristão”.
Na reunião da Executiva do PDT, Ciro defendeu uma declaração de “apoio crítico” a Lula, o que significaria pedir votos ao candidato “menos pior”, na avaliação da sigla.
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O candidato terminou a disputa ao Palácio do Planalto em quarto lugar, com 3.599.287 votos, o equivalente a 3,04% dos votos válidos no primeiro turno. Ele ficou atrás da senadora Simone Tebet (MDB), que obteve 1,3 milhão de votos a mais.
Durante a campanha eleitoral, Ciro adotou postura crítica a Lula. Em alguns momentos, chegou a fazer mais críticas ao petista do que ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Com os movimentos de aliados de Lula pelo chamado “voto útil” na reta final, subiu o tom, chamando o petista de “corrupto” e “fascistóide”.
Um dia antes de formalizar apoio a Lula, Carlos Lupi sugeriu à campanha petista a incorporação de três propostas de Ciro: o programa que pretendia zerar dívidas de famílias listadas nos cadastros do SPC e do Serasa, a implementação do plano de renda mínima de R$ 1.000,00 por família e um projeto de educação em tempo integral.
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