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SÃO PAULO – O presidente norte-americano Barack Obama reforçou nesta quarta-feira (29) a necessidade de cortar benefícios fiscais concedidos aos mais ricos para reduzir o déficit do país.
A fala de Obama se opõe duramente ao posicionamento do partido republicano, que insiste que altas de impostos sejam deixadas de lado nas negociações sobre a elevação do limite da dívida norte-americana e corte do déficit. Segundo o presidente, contudo, é preciso tomar decisões difíceis e chegar a uma solução equilibrada – que deve incluir também cortes em programas defendidos pelos democratas.
O presidente afirmou que seu alvo são os bilionários com jatos corporativos, donos de hedge funds e companhias de petróleo. Caso esses cortes de benefícios não aconteçam, os sistemas público de saúde e educação serão os principais afetados caso os EUA não consigam elevar o limite da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões.
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O secretário do Tesouro, também afirmou que os benefícios sociais e pagamentos em Treasuries seriam suspensos caso os EUA declarem um default de curto prazo. Essa falha em fazer os pagamentos de sua dívida, segundo Obama, traria consequências “significativas e imprevisíveis” para o país, pois não é possível prever a reação dos mercados globais.
Briga complicada
Na coletiva, o presidente norte-americano destacou que a data limite para a elevação do déficit permitido, 2 de agosto, se aproxima, e afirmou que o Congresso deve adotar a negociação como prioridade, mesmo que isso signifique trabalhar em feriados e períodos de férias.
A briga, contudo, promete ser complicada. Mesmo antes do final do discurso de Obama, líderes republicanos já se opunham a fala do presidente. “Se o foco de Obama estivesse focado em responsabilidade fiscal, não teríamos que elevar os impostos”, afirmou o diretor do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, em seu twitter.
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O senador Mitch McConnell, por sua vez, afirmou que Obama tem que escolher entre a criacao de empregos ou a elevação de impostos. “Elevar impostos leva a menos empregos. É um ou outro”, afirmou.
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