No 1º de Maio, Lula evoca lembrança de seu governo e diz que país voltará a ter liberdade em outubro

Ele voltou a falar na necessidade de regulamentar o trabalho dos entregadores por aplicativos, incluindo seguro para acidentes

Reuters

(Ricardo Stuckert)

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SÃO PAULO (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nome mais esperado no ato de comemoração do Dia do Trabalhador em São Paulo, usou seu discurso para pedir que a população lembre como era a vida em seu governo e afirmou que, em outubro, o país voltará a ter liberdade.

“Todos vocês, mesmo aqueles que são jovens, devem ter um parente que já viveu os melhores momentos no meu governo. O salário mínimo tinha aumento real e a inflação ficava em 4,5%, média que estabelecemos. Em abril, a inflação foi a maior em 27 anos”, discursou o ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro.

Lula era esperado para o início da tarde, mas terminou por discursar próximo às 16h, quanto o ato, na praça em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, finalmente encheu.

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Ele voltou a falar na necessidade de regulamentar o trabalho dos entregadores por aplicativos, incluindo seguro para acidentes, assistência médica e descanso semanal remunerado.

“A escravidão acabou em 13 de maio de 1888”, disse.

Lula seguiu o roteiro de ressaltar a inflação, a falta de empregos e os problemas econômicos do país sob o governo do presidente Jair Bolsonaro, que ocupa a vice-liderança na corrida ao Planalto, segundo as pesquisas.

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Existe uma avaliação dentro do PT que o país está sendo pautado pelos ataques de Bolsonaro ao Judiciário e ao sistema de votação do país e que isso termina por esconder os problemas reais. A ordem é fugir das polêmicas bolsonaristas.

Lula aproveitou o momento justamente para pedir desculpas por uma gafe que cometeu na manhã de sábado, em um encontro com mulheres para debater o aumento do preço dos alimentos.

Na fala, Lula disse que Bolsonaro não gostava “de gente, gostava de policiais”. A fala repercutiu e foi usada por bolsonaristas para atacar o ex-presidente.

“Eu queria aproveitar esse ato de trabalhadores para começar fazendo uma coisa que neste país as pessoas não costumam dizer. Ontem eu fui na Zona Norte, na Brasilândia, fazer um ato com as mulheres para discutir o custo de vida. E, quando eu estava fazendo o discurso, eu queria dizer que o Bolsonaro só gosta de milícia, não gosta de gente, e eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente”, disse.

Lula acrescentou ainda que mesmo que policiais às vezes cometam erros, eles salvam a vida de muita gente, incluindo trabalhadores.

O ato em comemoração ao Dia do Trabalhador, organizado por sete centrais sindicais –CTB, Nova central, UGT, Força sindical, CUT, Intersindical, Pública Central do Servidor– foi de apoio explícito a Lula candidato, mas como a lei eleitoral não permite comícios nesse momento, Lula repetiu mais de uma vez que não podia falar como candidato, mas fez referências a eleição de outubro algumas vezes.

“Logo, logo vai estar tudo formalizado (a candidatura) e vamos acordar um belo dia do mês de outubro agradecendo a liberdade, com as asas da liberdade abertas sobre o Brasil, e vamos voltar a ter um país civilizado”, afirmou.

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