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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta sexta-feira (01), que a equipe econômica do governo não vai deixar de lado as metas fiscais para o ano que vem, ainda que sejam desafiadoras. De acordo com ele, a projeção de um superávit de R$ 2,8 bilhões no Orçamento de 2024, divulgado na quinta-feira, é necessária para que a equipe trabalhe para chegar a um resultado positivo nas contas públicas, após uma década de déficit.
“Não vamos abdicar das nossas metas em virtude da dificuldade. Se houver alguma frustração aqui e ali, vamos endereçar medidas para repor”, disse ele a jornalistas nesta sexta-feira, na sede do Ministério na capital paulista. “Ninguém nega que a meta para 2024 é desafiadora. Isso coloca uma pressão benéfica sobre os poderes constituídos.”
A meta fiscal para o ano que vem depende de cerca de R$ 168 bilhões em medidas de arrecadação que dependem de aprovação no Congresso Nacional. Este ponto fez com que o mercado financeiro colocasse em xeque a capacidade do governo de entregar o resultado proposto.
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O ministro voltou a dizer que o equilíbrio das contas públicas virá em algum momento graças ao novo arcabouço fiscal, mas que quanto mais cedo isso acontecer, melhor para a economia. Ainda de acordo com ele, a equipe econômica sempre buscará os melhores resultados. “Não tem ninguém na equipe disposto a abrir mão do objetivo fiscal”, comentou. Segundo ele, o País precisa se acostumar a perseguir os melhores indicadores.
O chefe da Fazenda reconheceu que a agenda precisa ser negociada com os parlamentares. “Temos um horizonte no segundo semestre de muito trabalho. Ninguém está dando o campeonato por ganho, sabemos que há desafios”, disse o ministro. Ele afirmou que as medidas enviadas pelo governo ao Congresso para aumentar a arrecadação são razoáveis. “Estamos trabalhando com padrões de tributação internacionalmente conhecidos.”
Segundo Haddad, o otimismo é “parte de quem está em campo”, e a sustentabilidade das contas públicas, dos indicadores sociais e ambientais está na ordem do dia da equipe econômica do governo. Ele disse que as medidas de ajuste fiscal não descartam a busca do governo por crescimento econômico. “O Brasil só vai encontrar equilíbrio fiscal, social e ambiental com crescimento”, afirmou.
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