Publicidade
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu três novos inquéritos para apurar os ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, a pedido da Procuradoria-Geral da República, tendo como foco autores intelectuais, financiadores e executores dos crimes que não foram presos em flagrante, segundo comunicado da corte divulgado nesta segunda-feira.
“O ministro considerou justificado o pedido formulado pela PGR diante da necessidade de otimização de recursos, uma vez que há requisitos específicos para responsabilização penal por autoria intelectual e por participação por instigação, que diferem, em parte, dos requisitos aplicáveis aos executores materiais e daqueles aplicáveis aos financiadores e por participação por auxílio material”, disse o STF, em nota.
As investigações vão apurar os crimes de terrorismo; associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; ameaça; perseguição; e incitação ao crime.
Newsletter
Liga de FIIs
Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Segundo o STF, já são sete inquéritos abertos para investigar fatos relacionados ao 8 de janeiro a pedido da PGR. Além dos três que foram abertos e anunciados nesta segunda, constam outros três que se referem a deputados federais que teriam incitado os atos violentos e ainda mais um que se refere à responsabilidade de autoridades do Distrito Federal, se teriam sido deliberadamente omissas para a ocorrência dos atos violentos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também é investigado em um inquérito a pedido da PGR por incitação a crime após o 8 de janeiro por ter postado temporariamente nas redes sociais um vídeo que questionava o resultado das eleições.
As investidas da PGR ocorrem num momento em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, –que foi conduzido e reconduzido pelo ex-presidente à cúpula da instituição– dá sinais de descolamento de Bolsonaro, após pressão interna de colegas e também do Senado, Casa que, em última instância, é responsável por dar seguimento a pedidos de impeachment do procurador-geral da República.
Continua depois da publicidade
Aras fica no comando da PGR até setembro deste ano e, se for de interesse do atual do governo, poderia pleitear uma nova recondução ao posto.
O procurador-geral criou um grupo específico na PGR para cuidar de demandas relativas ao 8 de janeiro.
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.