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Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB) irão se enfrentar em segundo turno na disputa pelo governo de Pernambuco, em 30 de outubro.
Com 98,49% das urnas apuradas no estado até as 22h02, matematicamente não há mais chance de definição em primeiro turno ou de alteração das duas primeiras colocações.
Até o momento, Marília tem 23,86% dos votos, enquanto Raquel registra 20,78% do total. Os números estão sendo divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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Marília Arraes, 38 anos, é advogada e deputada federal. Natural de Recife, é neta do falecido ex-governador Miguel Arraes. Marília iniciou a carreira política no PSB, sigla em que ficou entre 2005 e 2015, quando se transferiu para o PT em busca de mais espaço político. Foi eleita vereadora em Recife em três ocasiões e exerceu o cargo de secretária de Juventude e Emprego na gestão de Eduardo Campos.
Com a continuidade da coligação PSB/PT, que já governa Pernambuco há 16 anos, Marília se filiou ao Solidariedade neste ano como candidata de oposição a Danilo Cabral (PSB), lançado pelo governador Paulo Câmara para sua sucessão.
Embora fora da coligação que inclui o PT no Estado, Marília fez sua campanha colada à imagem de Luiz Inácio Lula da Silva. No estado, as pesquisas sempre mostraram Lula à frente de Jair Bolsonaro (PL) com cerca de 60% das intenções de voto, ante pouco mais de 20% do concorrente.
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Já a ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra fez uma campanha de primeiro turno colada na chamada “terceira via” para a disputa presidencial.
Ela sempre declarou apoio a Simone Tebet (MDB) no primeiro turno e esquivou-se de optar por Lula ou Bolsonaro para um eventual segundo turno, embora tenha elogiado as administrações petistas. quando questionada sobre um eventual apoio a Lula ou Bolsonaro no Planalto.
A campanha de Raquel foi marcada por um triste acontecimento no dia da votação. Fernando Lucena, marido da candidata, sofreu um mal súbito em casa da família em Caruaru (PE). Lucena tinha 44 anos.
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O que faz um governador?
A governadora ou o governador exerce o Poder Executivo no Estado e no Distrito Federal. Cabe a quem ocupa o cargo representar, dentro do país, a respectiva Unidade da Federação nas relações jurídicas, políticas e administrativas. Na chefia da administração estadual, é auxiliado pelas secretárias e secretários de Estado.
Governadores podem propor leis e vetar ou sancionar leis aprovadas pelos deputados estaduais. Também respondem pela Segurança Pública dos Estados, da qual fazem parte as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros. Como no Brasil os Estados (e o DF) têm autonomia, as competências e responsabilidades do cargo são estipuladas pelas respectivas Constituições estaduais (e, no caso do DF, por sua Lei Orgânica).
O mandato de um governador é de quatro anos, com possibilidade de reeleição para mais um mandato de quatro anos. Caso reeleito, o governador tem como limite o período de oito anos no poder, ou seja, ele não terá o direito de se reeleger novamente de forma consecutiva para o mesmo cargo.
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Votação para o Senado em Pernambuco
Teresa Leitão (PT) foi eleita ao Senado pelo estado de Pernambuco. O mandato começa em 2023 e termina em 2030.
Teresa, 70, é deputada estadual, formada em Pedagogia e professora aposentada da rede pública, onde lecionou desde 1975. Nascida em Recife, tem sua vida política marcada pela militância sindical, tendo sido presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe).
Ela é filiada ao PT desde 2000 e foi eleita deputada estadual pela primeira vez em 2002. Está em seu quinto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa pernambucana. Sua atuação tem buscado foco em questões ligadas aos direitos das mulheres e à igualdade racial.
Teresa é autora do projeto que deu origem à Lei de Combate à Violência. Ela também lutou pela aprovação da lei que acrescentou à Política da Pesca Artesanal medidas protetivas às mulheres marisqueiras, no âmbito do combate à violência de gênero e da promoção de educação e saúde.
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Teresa Leitão passa a ocupar no ano que vem uma das 27 cadeiras do Senado Federal que estavam em disputa nas eleições de 2022. A Casa tem, ao todo, 81 assentos.
A legislação brasileira permite que senadores possam se candidatar a novos cargos sem ter que abrir mão do mandato e muitos dos atuais parlamentares disputam outras vagas. Se eleitos, deixam de ser senadores. Por isso, a depender do resultado das urnas, até metade do Senado pode vir a ser ocupado por novos rostos.
O que faz um senador?
Senadoras e senadores são os representantes dos Estados e do Distrito Federal no Congresso Nacional. Assim como os integrantes da Câmara dos Deputados, têm a prerrogativa constitucional de fazer leis e de fiscalizar os atos do Poder Executivo.
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Além disso, a Constituição Federal prevê como competência privativa do Senado: processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, os que ocupam os cargos de presidente e vice-presidente, os ministros de Estado e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o advogado-geral da União.
O mandato de senador ou senadora tem duração de oito anos — e não quatro, como outros cargos eletivos, como de presidente da República ou governador. Por isso, é comum que ocupantes do cargo participem de outras disputas em anos em que não necessitem renovar o mandato.
A garantia do cargo funciona como um incentivo no meio político para que esses parlamentares busquem novas posições ou para que trabalhem na construção de suas imagens para disputas futuras, com o aproveitamento de recursos como do fundo eleitoral e sem riscos de perda de posição.
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