Marco fiscal encaminha o país para equilíbrio fiscal, mas 2024 não será ano fácil, diz Haddad

Sem afirmar diretamente que o Orçamento de 2024 será apresentado com déficit zero, ministro voltou a dizer que a peça será apresentada "com equilíbrio"

Reuters

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

Publicidade

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (23), que a aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Congresso encaminha o país para um cenário de equilíbrio fiscal, ressaltando que o Orçamento de 2024 será apresentado com essa premissa e que “não será um ano fácil”.

Falando em entrevista coletiva em Johanesburgo, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics, Haddad afirmou que o marco fiscal impõe uma estabilização da dívida pública do país em algum momento e enfatizou que o governo trabalha para que isso ocorra o quanto antes.

“Obviamente que (2024) não será um ano fácil para nós, é muito desafiador o que estamos nos colocando”, disse.

Newsletter

Liga de FIIs

Receba em primeira mão notícias exclusivas sobre fundos imobiliários

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Sem afirmar diretamente que o Orçamento de 2024 será apresentado com déficit zero, o ministro voltou a dizer que a peça será apresentada “com equilíbrio”, destacando que atingir esse objetivo dependerá da aprovação pelo Congresso de medidas fiscais, como a que muda regras do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

Ele reiterou que o arcabouço, a reforma tributária e outras medidas de recuperação da base arrecadatória do governo restabelecerão as condições para um crescimento econômico sustentável.

Haddad disse que o Congresso tem autonomia para tomar decisões, mas argumentou que as medidas defendidas pelo governo, como as mudanças na taxação de fundos exclusivos e offshores, são justas.

Continua depois da publicidade

Em relação à decisão da Câmara de retirar do arcabouço fiscal dispositivo que mudaria a forma de cálculo da inflação deste ano e permitiria um incremento de até 40 bilhões de reais em gastos em 2024, o ministro disse que o mecanismo ainda pode ser aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que tramita no Legislativo.

Na entrevista, Haddad ainda afirmou que o governo está acompanhando a situação da China, ponderando que o tamanho do problema no país ainda não está claro.

Ele acrescentou que o governo brasileiro já encaminhou à Argentina proposta para uso de garantias em iuanes para exportações brasileiras, mecanismo que seria operacionalizado pelo Banco do Brasil.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.