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SÃO PAULO – Lula aumentou a presença do PMDB dentro da Petrobras para evitar sofrer um processo de impeachment após a revelação do escândalo do mensalão e também para proteger um de seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, na investigação dos negócios entre a Gamecorp e a Telemar, disse o ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) em delação ao MPF (Ministério Público Federal). As informações são do jornal O Globo.
De acordo com o ex-senador, depois do mensalão o então presidente precisou estruturar uma base aliada mais consistente por conta do desgaste gerado pela investigação da CPI dos Correios, em 2005, tendo que contar assim com a presença do PMDB.
“Quando veio o mensalão, ele (Lula) percebeu, ou ele se arruma ou poderia ser impichado”, disse Delcídio, em depoimento anexado ao processo do ex-presidente Lula. Antes do mensalão, o PT governava principalmente com os partidos que o ajudaram a ganhar a eleição. Delcídio afirma que José Dirceu tentou negociar uma aliança com o PMDB, mas Lula inicialmente não havia topado. Depois do mensalão, Lula teria pensado, segundo Delcídio: “‘ou eu abraço o PMDB ou eu vou morrer’. Foi então que o PMDB estabeleceu tentáculos em toda a estrutura do governo, como o Ministério das Minas e Energia e a Eletrobras. O setor elétrico, que era feudo do PFL, passou a ser do PMDB”.
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O ex-senador presidiu a CPI dos Correios e afirmou ainda que o relatório final incluía uma proposta de indiciamento de Lula e do filho mais velho dele, Lulinha. De acordo com ele, foi feita uma composição para que as propostas não vingassem.
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