Lula exalta agenda econômica e democracia em pronunciamento do 7 de setembro

Presidente diz que Brasil "voltou a crescer com inclusão social e combatendo as desigualdades" e que Dia da Independência não será data de ódio ou medo

Marcos Mortari

Teresina (PI),  31.08.2023 – Presidente Lula anuncia, em Teresina, Empreendimentos do PAC no Estado do Piauí, no Centro de Convenções. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Teresina (PI), 31.08.2023 – Presidente Lula anuncia, em Teresina, Empreendimentos do PAC no Estado do Piauí, no Centro de Convenções. Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Em seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional para o Dia da Independência (7 de setembro) desde retornou ao Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) colocou ênfase sobre indicadores econômicos e resultados obtidos por sua gestão.

O mandatário afirmou, nesta quarta-feira (6), que o Brasil “voltou a crescer com inclusão social, distribuindo renda e combatendo as desigualdades”, exaltou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em um ritmo não visto desde 2010, além da geração de cerca de 1 milhão de postos de emprego com carteira assinada no primeiro semestre e maior poder de compra para a classe trabalhadora.

“No passado, quando o Brasil crescia, quem ganhava era apenas uma minoria já muito rica. Agora, quando a economia cresce, a vida melhora para todo mundo”, disse no pronunciamento que durou cerca de 7 minutos e foi transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão.

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“O PIB (…) está crescendo e não crescia tanto assim desde 2010. A melhora do cenário econômico se traduz em mais ofertas de empregos e melhores salários para todas as profissões e classes sociais”, continuou o presidente.

Durante a fala, Lula chamou atenção para a aprovação de uma lei que determina igualdade salarial entre homens e mulheres e prevê punições aos empregadores em caso de descumprimento, além do reajuste salarial concedido a servidores públicos após seis anos de congelamento e a volta de uma política de valorização do salário mínimo.

Ele também destacou programas como o Desenrola (que em sua primeira etapa renegociou dívidas de contribuintes junto a bancos) e a retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (o PAC), lançado em agosto com uma nova roupagem. E defendeu o novo marco fiscal, sancionado na semana passada.

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“Aprovamos o novo marco fiscal com a ajuda do Congresso, para dar ao Brasil a oportunidade de voltar a crescer com responsabilidade”, disse.

“Lançamos no mês passado o novo PAC, o maior programa de investimentos da nossa história”, disse, exaltando que o programa gerará mais de 4 milhões de postos de trabalho e ajudará na construção do futuro do Brasil, que, segundo ele, “será verde”.

“Os investimentos do novo PAC serão a alavanca que conciliarão o enfrentamento da crise climática à reindustrialização do país, à transição energética e à redução das desigualdades sociais e regionais”, pontuou o presidente.

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No pronunciamento, Lula também disse que “a democracia no Brasil ainda não está terminada” e precisa ser construída por cada um baseada em três alicerces: democracia, soberania e união.

“A democracia que vai dizer se teremos ou não as oportunidades para realizar nossos sonhos”, disse.

“Soberania é mais do que cumprir a importante missão de resguardar nossas fronteiras terrestres e marítimas e o nosso espaço aéreo. É também defender as nossas empresas estratégicas, nossos bancos públicos, nossas riquezas minerais e fortalecer nossa agricultura e nossa indústria. É preservar a Amazônia e nossos biomas, nossos rios, nosso mar, nossa biodiversidade. É falar de igual para igual com qualquer país e se fazer ouvir nos principais fóruns globais”, pontuou.

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“União só se faz sem ódio. O entendimento voltou a ser a palavra de ordem. Investimos no diálogo com o Congresso Nacional, os governos estaduais, as prefeituras, o Poder Judiciário, os partidos políticos, os sindicatos e a sociedade organizada”, continuou.

Em uma mensagem final, Lula disse que o 7 de setembro “não será um dia nem de ódio, nem de medo, e sim de união” – em um recado velado a seu adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Um dia de lembrarmos que o Brasil é um só, que sonhamos os mesmos sonhos, que podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou aquele candidato, mas que somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo”, disse.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.