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SÃO PAULO – Ex-candidata à Presidência da República pelo PSol, Luciana Genro, criticou em texto na página oficial do partido, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, qualificando-o como golpe. Contudo, ofereceu a sua propria solução para a crise política atual: convocar novas eleições gerais em 2016.
“A proposta que apresento neste momento crucial para os rumos do país é que a derrota do impeachment seja acompanhada pelo governo Dilma assumindo a responsabilidade de propor que as eleições municipais de 2016 se transformem em eleições gerais para renovar todos os parlamentos e o Poder Executivo. Eleições sem financiamento privado, conforme decidido pelo STF [Supremo Tribunal Federal], e com direitos iguais para todos os candidatos”, disse.
Para ela, Dilma padece de “absoluta falta de apoio popular”, citando a Operação Lava Jato e o aumento do desemprego como motivos para a indignação dos seus eleitores. “Está claro que a roubalheira não é fruto apenas do mau comportamento de alguns, mas um método de governo, e não só deste governo, que une partidos e grandes empresas no saque aos cofres públicos”, explica.
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Desse modo, de acordo com ela, a posição do PSol deveria ser a de não se alinhar a um “impeachment golpista”, mas também não defender um governo que foi eleito com um discurso oposto ao programa que implementa.
O texto de Luciana no site do PSol recebeu uma enxurrada de comentários, a maioria negativos. Vale lembrar que segundo a última pesquisa Datafolha para as próximas eleições presidenciais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), tem 31% das intenções de voto contra 22% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e 21% da ex-candidata à Presidência, Marina Silva. Na simulação realizada pelo instituto de pesquisa, Luciana Genro teria 3% das intenções de voto.
A proposta da socialista, por sinal, lembra a do líder do DEM no Senado, senador Ronaldo Caiado (GO), que propôs uma renúncia coletiva e a convocação de novas eleições gerais no Brasil em 2016. O senador afirmou que a credibilidade da classe política junto à população está próxima de zero e que é hora de ter “coragem de admitir que estamos em uma grave crise de representatividade”.
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