Ipespe: Bolsonaro sobe 4 pontos com melhora de avaliação do governo e saída de Moro

Bolsonaro subiu de 26% para 30% — seu maior percentual registrado até aqui. Ele permanece atrás de Lula, que mantém a dianteira com 44%

Anderson Figo

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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A melhora na avaliação do governo de Jair Bolsonaro (PL) e a retirada do nome de Sergio Moro (União Brasil) da relação de candidatos à Presidência, provocou uma melhora nas intenções de voto para o presidente na primeira pesquisa Ipespe de abril. O levantamento foi encomendado pela XP Inc.

Bolsonaro subiu de 26% para 30% — seu maior percentual registrado até aqui. Ele permanece atrás de Lula, que mantém a dianteira com 44%, mesmo patamar da pesquisa anterior.

O levantamento é o primeiro desde que Moro trocou o Podemos pelo União Brasil, o que representa um obstáculo a sua pretensão de se candidatar à Presidência. No último levantamento, de março, o ex-ministro de Bolsonaro atingia 9% das intenções de voto.

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Também se beneficiaram da saída do ex-juiz a candidatura de Ciro Gomes, que avançou de 7% para 9%, a de João Doria, que passou de 2% para 3%, e a de Simone Tebet, que avançou de 1% para 2% — todas as oscilações dentro da margem de erro. Os que não sabem, não responderam ou votam nulo e branco saltaram 3 pontos percentuais com saída de Moro, indo de 9% para 12%.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 2, 3, 4 e 5 de abril. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-03874/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

O índice de confiança é de 95,5% (o que significa que se a pesquisa fosse realizada 100 vezes, em 95 delas o resultado ficaria dentro da margem de erro).

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Pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea (quando o eleitor aponta seu candidato sem que nomes sejam apresentados pelo pesquisador), Lula permanece à frente com 36%, mesmo número de março. Bolsonaro oscilou dois pontos para cima, e agora tem 27%, também a mais alta pontuação desde o início da pesquisa, em janeiro de 2020.

Ciro Gomes vem em seguida, com 4%, depois Sergio Moro, com 2%, e João Doria, André Janones e Simone Tebet na sequência, com 1% cada um. Eduardo Leite e Marina Silva foram citados, mas não chegaram a alcançar 1% das intenções de voto na pesquisa espontânea.

Não sabem ou não responderam somaram 21%. Já brancos, nulos ou nenhum foram 7%.

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Segundo turno

Em cenários hipotéticos de segundo turno, Lula aparece com 53%, 20 pontos à frente de Bolsonaro, que marca 33%. Há dez dias, a vantagem era de 54% a 31%.

Contra Ciro Gomes, Lula vence por 52% a 25%. Já contra João Doria, o ex-presidente tem vantagem de 35 pontos percentuais, marcando 55% a 20%.

Nas outras duas simulações de segundo turno com Bolsonaro testadas na pesquisa, o presidente perde para Ciro Gomes por 47% a 37%, e tem uma pequena vantagem (dentro da margem de erro) contra João Doria, de 39% a 38%.

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Avaliação do governo

A retomada da tendência de crescimento da avaliação positiva do governo (o grupo que considera a gestão ótima ou boa foi de 26% para 29%) e das intenções de voto em Bolsonaro coincide com avanços em outros indicadores que haviam registrado estagnação ou até recuo na pesquisa anterior.

A percepção de que a economia está no caminho certo voltou a 29%, depois de ter recuado a 27% em março, assim como melhorou a avaliação sobre o noticiário em relação ao governo (percepção positiva passou de 11% a 13%).

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.